Avô encontra jararaca saindo da casa de bonecas da neta

A serpente foi flagrada saindo debaixo da casa de bonecas, em Timbó

Por Aline Brehmer 21/03/2019 - 09:38 hs
Foto: Divulgação
Avô encontra jararaca saindo da casa de bonecas da neta
O veneno da jararaca pode causar infecção, hemorragia e até mesmo amputação

Na manhã dessa quinta-feira, dia 21, um homem estava em seu quintal quando flagrou o momento de fuga de uma jararaca. O caso aconteceu em Timbó. A serpente estava, até então, escondida embaixo da casa de bonecas da neta desse homem, uma menina que tem seis anos da idade.

O Café Impresso compartilhou a informação na página do Facebook e, nos comentários, foi questionado o fato se essa seria, realmente, uma cobra peçonhenta.

Segundo o policial ambiental Luiz Antônio Batista, da Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina, “essa cobra é uma "falsa jararaca", não é peçonhenta. Vivia ali porque deveria ter umidade e ela come insetos, caracol, lesmas", explica.

Teoricamente, as cobras (principalmente as peçonhentas) são mais "comuns" de serem vistas em dias quentes, quando procuram um local fresco para se esconder do sol. Entretanto, independente da estação, é preciso atenção redobrada com esses e outros animais peçonhentos (principalmente em locais que ficam sem faxina e onde a família raramente verifica se há algo).

Qual é a consequência de uma picada da jararaca?

Além do efeito tóxico que atinge o corpo todo e é combatido pelo soro antiofídico, o veneno das cobras botrópicas, a família das jararacas, tem uma ação específica no local da picada que pode causar inflamação, hemorragia e, em alguns casos, levar à necrose e à amputação da parte atingida.

Há também as que não são peçonhentas, como a jararaquinha-dormideira (que seria da que foi encontrada ontem). Se trata de uma cobra considerada inofensiva e calma, comum de ser encontrada em hortas. Ela tem entre 15 e 40 centímetros e se alimenta de lesmas. (Fonte: Mundo Animal)

Como diferenciar as cobras peçonhentas das que não têm veneno?

A resposta é: pelo formato da cabeça. A das venenosas é triangular. Isso, pelo menos, é o que se costuma dizer por aí – mas trata-se de uma generalização perigosa. A diferenciação entre elas está longe de ser tão simples assim. Outros detalhes anatômicos – como a cauda, as escamas e a pupila – também ajudam na distinção, mas existem tantas exceções à regra que eles, por si só, são insuficientes.

O método mais seguro é observar a presença de um pequeno orifício entre os olhos e as narinas: a chamada fosseta loreal. “Todas as serpentes venenosas, com exceção da cobra coral, são dotadas desse orifício, que não aparece nas não-venenosas”, afirma o biólogo Otávio Marques, do Instituto Butantan, em São Paulo.

Existem cerca de 2.500 espécies de cobras, das quais cerca de 260 são encontradas no Brasil. Dessas, menos de 30% são peçonhentas e as mais perigosas pertencem ao grupo dos crotalíneos, agrupadas em três gêneros: Bothops, também conhecidas como jararacas; Crotalus, popularmente chamadas de cascavéis; e Lachesis, as surucucus. Juntas, respondem por 99% dos ataques a seres humanos. (Fonte: Superinteressante)

Detalhes tão pequenos

As características que distinguem as serpentes peçonhentas são sutis – e, ainda por cima, há exceções às regras.

As escamas das cobras venenosas são como quilhas, alongadas e pontudas, dando ao tato uma sensação de aspereza.

Cobras venenosas têm a cabeça triangular, bem destacada do corpo e com escamas miúdas. Mas essa regra não vale para a venenosíssima coral.

Os olhos das cobras venenosas têm a pupila em fenda vertical. (Fonte: Superinteressante)