Fabrício propõe horário estendido nas Unidades de Saúde
Vereador encaminhou indicação nesta semana ao prefeito Jorge Krüger
Vereador encaminhou indicação nesta semana ao prefeito Jorge Krüger
Postos de Saúde abertos para atendimento durante o horário de almoço? Essa proposta foi apresentada nesta semana pelo vereador Fabrício Dalcastagné (MDB).
“Após receber inúmeros pedidos da comunidade, foi então feito esse pedido de estender o horário de atendimento nas Unidades de Saúde da Família (USF) que, no caso, não fechariam mais para o almoço”, explica o parlamentar.
A Indicação Nº 71/2019 foi encaminhada ao prefeito de Timbó, Jorge Kruger, solicitando “que seja feito um estudo de viabilidade visando a possibilidade de atendimento nos postos de saúde em horário ininterrupto entre os períodos matutino e vespertino”.
Dalcastagné destaca ainda que outra solução para atender às pessoas que, devido ao horário de trabalho, não conseguem se consultar nas unidades, seria fazer um sistema integrado junto à Policlínica.
“É questão de estudar a viabilidade dessas propostas. Na USF, por exemplo, não geraria uma despesa a mais se fosse feita uma tabela de revezamento. Um médico poderia atender das 12h às 13h, por exemplo, e o outro iniciar logo às 13h. O horário de almoço dos servidores não deixaria de existir e as pessoas que já têm suas consultas agendadas ao meio-dia ou que precisam ser atendidas em caráter de urgência ou emergência teriam essa oportunidade”, esclarece.
Alfredinho comenta prós e contras da indicação
Acontece hoje, dia 12, a 7ª Conferência de Saúde de Timbó, com o tema “Democracia e Saúde”, e, segundo Dalcastagné, a ideia de fazer valer o horário estendido é um tema que precisa ser apresentado e debatido. “Em algumas Pré-Conferências que já fui aqui na cidade esse assunto veio à tona e a maioria das pessoas presentes se mostrou favorável à ideia”, reforça o parlamentar.
A redação do Café Impresso também conversou com o secretário de Saúde de Timbó, Alfredo João Berri, popular Alfredinho. Ele reforça uma mudança recente na cidade, que foi o horário estendido de atendimento na Policlínica.
“O atendimento agora é até às 22h, o que já auxilia as pessoas que não conseguem se consultar durante os horários em que funcionam nas unidades de saúde. No que diz respeito à indicação apresentada, nós hoje não temos pessoas suficientes para fazer um revezamento. É preciso dar um passo de cada vez”, justifica.
Alfredinho também menciona a proposta apresentada pelo Ministério da Saúde na semana passada, que sugeriu estender o atendimento nos postos de saúde em todo o Brasil até às 22h.
“É algo que iria estourar as folhas de pagamento. O limite prudencial da prefeitura de Timbó é de 51% e, se fossem contratados tantos profissionais para dar conta de atender à noite também, iria estourar a folha e o prefeito responderia por improbidade administrativa”, esclarece.
Hoje, segundo o secretário, uma única USF custa cerca de R$ 50 mil por mês. “O governo não chega a nos repassar R$ 10 mil. É uma questão de cálculo mesmo. Repito que é preciso dar um passo de cada vez. Primeiro uma inovação para depois vir outra”, analisa.
Governo quer estender atendimento em unidades de saúde até às 22h
O Ministério da Saúde pretende alterar o modelo de organização de equipes de unidades de saúde na tentativa de criar um “terceiro turno” de atendimento, o qual duraria até às 22h.
A mudança consta uma proposta para a reorganização do programa Estratégia Saúde da Família (ESF), que responde pelo serviço nestes locais.
Hoje, a maioria das unidades de saúde funciona entre até 17h, com variações entre os municípios. Na avaliação de técnicos do ministério, porém, o horário restrito tem levado à superlotação de UPAs (unidades de pronto-atendimento) e de prontos-socorros em hospitais com casos menos graves.
A mudança, porém, não valeria para todas as unidades, mas sim para aquelas que já atendem um maior número de pessoas. A decisão pelo atendimento noturno caberá a secretários de saúde, que hoje custeiam a maior parte do valor destinado para pagamento dos profissionais.
O ministério, no entanto, estuda aumentar o valor repassado pela União como garantia para a adesão. O impacto é estimado em R$ 500 milhões a até R$ 2 bilhões. A medida deve ter impacto principalmente em cidades acima de 50 mil habitantes, que hoje possuem unidades com três equipes ou mais.
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