“Queremos justiça pela Meg”, Sheila Felippi

Audiência Judicial determinou que os proprietários dos pit bulls encontrem no máximo até hoje, dia 17, um novo local para abrigar os cães até hoje

Por Aline Christina Brehmer 17/05/2019 - 09:43 hs
Foto: Divulgação/Arquivo pessoal
“Queremos justiça pela Meg”, Sheila Felippi
Na foto está Meg com seu tutor, Tadeu, sendo carregada até o carro após ser liberada na clínica vet.

Na foto está Meg com seu tutor, Tadeu Alcir Lazzarini, sendo carregada até o carro. “A foto foi feita após retirarem dela os pontos que precisou fazer devido a um ataque sofrido (o segundo de três)”, conta a noiva de Lazzarini, Sheila Inez Felippi.

O registro foi feito em agosto do ano passado. Segundo Sheila, “faz cerca de duas semanas que o terceiro ataque aconteceu e, infelizmente, dessa vez Meg não resistiu. Ela foi brutalmente atacada por dois pit bulls, que pertencem a um vizinho nosso”, diz.

O ataque

Sheila relatou à redação do Café Impresso como teria sido aquele dia. “Quando a briga aconteceu, Meg estava no terreno da casa onde vivia, mas acabou sendo pega pelo focinho, através da cerca, e morreu no local. Os pit bulls pularam a cerca da casa onde estavam e atacaram ela”, diz. O caso teve forte repercussão e gerou revolta na comunidade.

Nessa quarta-feira, dia 15, aconteceu uma Audiência Judicial de TC no Fórum da Comarca de Timbó. O promotor e doutor Alexandre Daura Serratine, da 2ª Promotoria do Ministério Público de Timbó, foi enfático ao proferir sua decisão.

“Os proprietários dos pit bulls têm 48 horas para retirarem eles da casa e, se quiserem coloca-los lá novamente, antes precisam construir um canil para os mesmos, o qual deverá ser feito conforme o que foi determinado na Audiência, seguindo regras e parâmetros de máxima segurança”, explica.

O prazo de dois dias encerra hoje e Serratine se comprometeu a ir verificar in loco que os cães (quatro no total) foram retirados da casa. “Após o morador terminar a construção do canil, irei visitar o local novamente para fiscalizar se o mesmo atende ao que foi exigido – caso contrário, os cães não poderão voltar a morar ali”, garante o promotor.

Recomeço

Sheila, que é quem reside no bairro Capitais (já que seu noivo Lazzarini mora em Joinville) diz que a decisão de Serratine atendeu às suas expectativas.

“Infelizmente, nada traz a Meg de volta. Ela foi atacada por esses cães três vezes, não resistindo aos ferimentos na última. Mas vejo essa decisão com bons olhos porque, pelo menos, vai evitar que o caso se repita – ou ainda pior, que pessoas sejam atacadas. O que queremos é que seja feita justiça pelo o que aconteceu com ela”, desabafa.

Além de Meg, Sheila e Lazzarini têm outros dois cães, de menor porte, que ficam dentro de casa. Nesta semana o casal adotou mais outra boxer, que por enquanto ainda está em Joinville.

“Temos a intenção de adotar um quarto cachorrinho ainda, mas primeiro vamos esperar que os vizinhos atendam aos prazos e determinações impostas pelo MP para nos sentirmos seguros, porque ficou um trauma. Quando cheguei em casa no dia do ataque a Meg já estava morta e desfigurada, uma cena que nunca vou esquecer”, relembra. Meg tinha sido adotada há menos de um ano pelo casal e tinha um ano e nove meses quando faleceu.