Greve dos Correios pode atrasar contas e entregas

Agências de Indaial, Benedito Novo e Rio dos Cedros, até o momento, não aderiram à paralisação

12/03/2018 - 16:08 hs
Foto: Gazeta Guacuana/Divulgação
Greve dos Correios pode atrasar contas e entregas
A nível Brasil, um levantamento feito hoje aponta que mais de 92 mil empregados estão trabalhando

Os Correios classificaram como “injustificado e ilegal” o movimento grevista deflagrado nesta segunda-feira, dia 12, por sindicatos que representam a categoria e informaram que a paralisação, concentrada na área de distribuição, não afetou até agora os serviços prestados nas agências da empresa.

Segundo os Correios, todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram à greve, estão abertas, com todos seus serviços disponíveis após a estatal acionar, de forma preventiva, um plano de continuidade das operações para minimizar os impactos à população.

Um levantamento parcial realizado pelos Correios na manhã desta segunda-feira mostra que 87,15% do efetivo total da empresa – ou mais de 92 mil empregados – está trabalhando.

Segundo informaram os gerentes das agências de Indaial, Benedito Novo, Rio dos Cedros, nenhuma aderiu à paralisação até o momento.

Entenda a greve

A greve foi deflagrada após um impasse sobre o financiamento dos planos de saúde dos funcionários. Hoje, os Correios comentaram em nota que não romperam qualquer cláusula do acordo coletivo de trabalho da categoria.

“O assunto custeio do plano de saúde foi discutido exaustivamente com as representações dos trabalhadores desde outubro de 2016, tanto no âmbito administrativo quanto em mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que apresentou proposta aceita pelos Correios mas recusada pelas representações dos trabalhadores.

Após diversas tentativas de acordo sem sucesso, a empresa se viu obrigada a ingressar com pedido de julgamento no TST”, assinalou a empresa em nota, acrescentando que os custos do plano de saúde representam 10% do faturamento dos Correios, ou uma despesa na ordem de R$ 1,8 bilhão ao ano.

Problemas a caminho

Devido a paralisação, as entregas podem ser afetadas, prejudicando os consumidores que dependem dos serviços da estatal postal.

As contas devem chegar atrasadas. Por isso, os consumidores devem ficar atentos para não perder os prazos de pagamento de fatura.

Veja abaixo das dicas do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) sobre direitos e alternativas para os serviços dos Correios.

Contas

As contas podem vencer antes de o consumidor ter recebido a cobrança, ocasionando multas pelo atraso no pagamento. Veja como se prevenir:

O ideal é que o consumidor faça um planejamento do pagamento das contas, observando a época em que elas costumam chegar.

Se perceber que o prazo do vencimento está perto e o boleto não chegou, o consumidor deve se antecipar, entrando em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa emissora da conta e solicitar uma outra forma de realizar o pagamento.

Ele pode pedir o envio de uma segunda via do boleto, sem os juros, entrega da cobrança por e-mail ou fax, depósito bancário ou código de barra para pagamento em caixa eletrônico.

Caso a empresa não envie uma forma alternativa de pagamento, o Idec ressalta que a dívida não poderá ser cobrada com juros e multa.

Encomendas

Veja dicas para quem precisa enviar encomendas ou correspondência com urgência durante o período de paralisação dos Correios:

A recomendação é procurar por serviços de entrega alternativos ou privados. Empresas como Fedex, Gollog e UPS oferecem transporte de encomendas.

O Idec recomenda que o consumidor, ao contratar essas empresas, solicite que o prazo de entrega seja registrado por escrito. Isso permite a reclamação de eventual prejuízo no caso de atraso.

Serviços dos Correios

Veja o que fazer em caso de ter contratado serviços de entrega diretamente nos Correios (por exemplo, envio de Sedex)

Fontes: IstoÉ e G1