Oase luta para receber repasse

O não repasse do Governo do Estado à UTI fica acima do R$ 1 milhão. Nos últimos nove meses, a Unidade registrou mais de 200 atendimentos

Por Aline Brehmer 23/03/2018 - 09:33 hs
Foto: Câmara Municipal de Taió
Oase luta para receber repasse
Dados foram apresentados pelo diretor do Vidas e administrador do Oase, Richard Choseki

Na terça-feira, dia 19, dados referentes ao Hospital e Maternidade Oase de Timbó foram divulgados pelo diretor do Vidas – Instituto de Assistência à Saúde e administrador do hospital, Richard Choseki.

Durante a Sessão Ordinária, na Câmara de Vereadores de Timbó, ele disse que o ano de 2017 “foi difícil em decorrência da falta de pagamento do Governo do Estado, o que tem deixado o hospital em situações complicadas”.

À redação do Café Impresso Choseki explica que, no ano passado, o Oase fechou com déficit de R$ 468 mil e, “para cobrir esse valor, o hospital pegou R$ 500 mil emprestados”.

Segundo ele, hoje a dívida do Governo do Estado com o hospital é acima do R$ 1 milhão. “Em 2017, entre os meses de junho e dezembro, os serviços prestados pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI) não foram oficialmente reconhecidos pelo estado, já que ainda não havia a habilitação do Ministério da Saúde. Isso gerou uma produção não reconhecida acima do R$ 1 milhão”, esclarece.

Choseki comenta ainda que o problema não deve voltar a acontecer, visto que há compromisso do Governo com os pagamentos a partir deste ano. “Nenhum serviço do hospital foi afetado e a regularização do repasse aconteceu no último mês de janeiro. Quanto à construção da UTI Neonatal, é um sonho que segue o cronograma sem ser prejudicado”.

Ações, recursos e melhorias

Durante a sessão na Câmara, Choseki afirmou que a utilização do Pronto Atendimento é intensa e que as pessoas precisam identificar as atividades que podem ser realizadas nas Unidades de Saúde.

Através de dados e fotos, ele apresentou as mudanças e melhorias realizadas na estrutura do hospital durante o governo anterior, destacando ações que são feitas a fim de humanizar cada vez mais o trabalho prestado no hospital, entre elas citou o espaço para funcionários e motoristas que trazem pacientes de outras cidades, cinco salas que estão em construção, projetos de humanização, encontros, pedágio, pastelada, promoções e o valor do IPTU, que é pago à vista e tem gerado bons resultados.

As imagens compartilhadas comprovam as mudanças de estrutura do hospital em todas as áreas, como o Pronto Socorro (PS), alas de internação (clínica, cirúrgica e pediátrica), os Centros (Cirúrgico, Obstétrico e de Imagem).

Entre as novidades apresentadas pelo hospital, aparecem o laboratório, ambulatório, setor de fisioterapia, setor de internação, a agência transfusional, farmácia, sala para motoristas, sala de acolhimento para as famílias enlutadas, Capela, lavanderia, entre outras.

UTI Neonatal

Hoje, a UTI de Timbó recebe pacientes de 27 cidades. Durante a apresentação, o diretor explanou sobre as emendas parlamentares conquistadas nos anos anteriores e também atualmente, pedindo, por fim, auxílio aos vereadores, para que possa ser dada continuidade à obra da UTI Neonatal.

“Existe uma grande necessidade de internações na UTI para as crianças e, por isso, nosso desejo é que essa obra seja concluída até dezembro. O que posso garantir de forma geral é que continuaremos fazendo nosso melhor, junto às senhoras da Oase e do Conselho Direto. Com certeza, tendo a ajuda da comunidade, venceremos mais esse obstáculo”, afirma.

Diante do que foi apresentado, os parlamentares destacaram a importância e avanço nos trabalhos realizados pelo hospital e se colocaram à disposição para auxiliar.

Hospital Oase em números

Internações em 2017 – 6.2169;

Pacientes atendidos na UTI até 20 de março deste ano – 260 (de Timbó e cidades da região);

Diárias registradas na UTI até 20 de março deste ano – 1.391;

Nascimentos – 722 (de 2010 até 2017, o número total é 5.041);

Cirurgias realizadas em 2017 – 3.070 (de 2010 até 2017, o número total é 17.557);

Atendimentos no Pronto Socorro em 2017 – 60.487 (de 2010 até 2017, o número total é 275.426). Ano passado foram atendidos no PS 14.739 crianças e 45.748 adultos;

Números de colaboradores em 2017 – 232 (de 2010 até 2017, o número total é 1.038);

Números de leitos – 48 (em 2010), 68 (em 2012) e 100 (em 2017).