Fernando Pasold revela projetos da FIC

Após assumir o cargo de secretário da Fundação, Pasold fala os objetivos e desafios frente à nova função

Por Aline Brehmer 29/03/2018 - 09:49 hs
Foto: Rafael David
Fernando Pasold revela projetos da FIC
Fernando Pasold fala sobre o que está por vir e traça uma breve linha do tempo sobre sua carreira

“O objetivo é preservar a cultura e história de Indaial. Se pararmos para analisar, há muita coisa ainda por vir, diante do que já foi feito. O grande desafio em meio a tudo é não deixar a história morrer, casando isso com a modernidade. Hoje o mundo é mais dinâmico e exige sustentabilidade, tanto na questão cultural quanto histórica”.

Essa é a frase que, de forma simplificada, traduz a missão do secretário da Fundação Indaialense de Cultura (FIC), Fernando Pasold, que assumiu o cargo em fevereiro deste ano.

Primeiros passos

Há menos de dois meses em sua nova posição, Pasold, junto à equipe da FIC, participa de um projeto que atinge todas as escolas municipais: a Biblioteca Móvel. Uma proposta que visa, justamente, incentivar e fomentar a leitura na vida das crianças.

“É uma ação que com certeza nos surpreendeu muito, porque dá para ver que os estudantes realmente gostam de ler, ficam entretidos. Em linhas gerais, a Biblioteca fica por um ou dois turnos na escola, onde cada turma atendida possui entre 20 a 40 minutos para ler pequenas obras de leitura rápida e assim, ter uma experiência com a literatura infantil e infanto-juvenil

Nesse tempo nós fazemos a apresentação do projeto e as crianças recebem uma missão: de ler um livro inteiro até irmos embora. É bastante emocionante ver o carinho delas, o interesse, a gente acaba desenvolvendo uma relação legal com a escola, professores, diretores e alunos, muito bacana”, compartilha o secretário.

Arquivo histórico e Casarão da Colina

Mas os projetos de Pasold e sua equipe para os próximos dois anos não param por aí – ele revela um pouco do que ainda está por vir. Entre as novidades, cita a melhoria no Arquivo Histórico da cidade. “A intenção é leva-lo para o Centro de Indaial, possivelmente no Museu Ferroviário. Dessa forma, é possível ampliar o atendimento e fazer com que as pessoas que tenham relíquias da história de Indaial em casa, como fotos e cartas, antiguidades, também tragam até nós e enriqueçam ainda mais esse espaço”, explica.

Ele também fala sobre as melhorias que já estão acontecendo no Casarão da Colina. Pasold alega que esse era um lugar abandonado, mas tem ganho outro aspecto no último um mês com o início das reformas.

“Pode-se dizer que o projeto de revitalização do Casarão já está 95% concluído. Depois de pronto, pensamos que o local irá sediar um espaço misto, com cultura e turismo. Mas é algo que ainda está sendo definido”, comenta.

Pasold também faz questão de frisar que, hoje, a FIC uma das maiores instituições de apoio à cultura no município, oferecendo uma ampla variedade de cursos e horários.

Quem é Fernando Pasold?

Apaixonado por história e rodeado por um extenso acervo de raridades sobre Indaial, Pasold diz que os 84 anos de emancipação política de Indaial, celebrados no fim de semana, são apenas uma parte – há muitas coisas que aconteceram antes.

“Eu tenho de uma linha mais voltada à pesquisa, por isso tenho muito contato com a biblioteca, o acervo. Apesar de ter formação em uma área mais técnica, que é a Ciência da Computação, sempre tive um pé na história e fotografia, duas grandes paixões”, revela.

Prova disso é o site que Pasold criou junto a seu pai e o senhor Alfredo Nagel, em 1999, o www.indaial.com.br (o primeiro site da cidade, até onde se tem informação). Ali, iniciou uma coleção de fotografias e acontecimentos que remontam os anos passados de Indaial (os quais, algum tempo depois, acabaram virando livro).

Desafios a caminho

Nascido e criado em Indaial, Pasold também trabalhou no Observatório Social. “Tive ali um grande aprendizado e então fui convidado a assumir a FIC”, diz. Para ele, é sempre importante reforçar que não se pode permitir deixar morrer a história da cidade.

“A partir do momento em que você perde sua origem, sua essência, as lembranças do local onde nasceu e não se questiona mais como isso funciona ou porque está ali, acaba deixando sumir no tempo a história de toda uma cidade, uma cultura.

A história não para, é construída todos os dias. Tudo acontece tão rápido que, de uma hora para outra, algo até então comum acaba se tornando raridade e nós precisamos ter esse registro. Com certeza, sendo secretário da FIC, conto com uma equipe excelente para superar os desafios, eles são muitos, mas aos poucos vamos tirando as ideias do papel para apresenta-las à comunidade de Indaial”, garante.