25 pedidos de socorro e uma solução a caminho

Neste ano, 25 casos envolvendo Lei Maria da Penha foram registrados pela PM de Timbó

Por Aline Brehmer 07/05/2018 - 13:44 hs
Foto: Divulgação/Internet
25 pedidos de socorro e uma solução a caminho
Há dois meses na nova função, o Capitão Henden anuncia novidades no setor da PM em Timbó

Mãe e filha que precisaram sair de casa e pedir socorro aos vizinhos. Uma esposa que se viu obrigada a fugir do marido para salvar sua vida. Uma mulher que acionou a polícia para denunciar o próprio companheiro, de quem nunca desconfiou sofrer uma violência.

Essas situações, infelizmente, tem se tornado cada vez mais em Timbó. Somente nos três primeiros meses de 2018, 25 ocorrências envolvendo a Lei Maria da Penha foram atendidas pela Polícia Militar (PM) na cidade.

Os dados assustam, afinal, no ano passado, foram 83 atendimentos durante os 12 meses. Tanto a PM quanto a Polícia Civil tem cumprido seus papeis visando oferecer mais proteção e segurança às vítimas. Na busca por uma ação ainda mais eficaz nesse sentido, o comandante da PM de Timbó, Pablo David Henden, anuncia uma novidade.

“Nesse mês de maio, em que é comemorado o Dia das Mães, temos a intenção de colocar em prática de fato o projeto Rede Catarina na cidade, que funciona em parceria com o Poder Judiciário”, explica.

Henden diz que o objetivo desse projeto é trazer às vítimas de agressão e abuso o maior conforto e segurança possíveis, através de visitas frequentes a essas mulheres. “Essas visitas se estendem também aos acusados da agressão, como uma forma de tornar claro que os estamos assistindo e atentos ao que estão fazendo”, complementa o Capitão.

Para Henden, a ideia principal através da Rede Catarina é envolver todos os órgãos e instituições que possam auxiliar as vítimas nessas situações, buscando uma solução da forma mais definitiva possível, para que a mulher não volte a ser alvo da violência.

Para saber mais sobre o projeto, acesse (www.pm.sc.gov.br/noticias/pmsc-lanca-rrrede-catarina-de-protecao-a-mulherrr).

Projeto “Pós Crime”

Na nova função há dois meses, Henden diz que há outros projetos preventivos recebendo incentivo e ganhando força, como o Rede de Vizinhos (em parceria com o Conseg), além de ações ostensivas através de barreiras policiais, patrulhas e também a ronda escolar.

“São ações que visam uma crescente diminuição no número de ocorrências e já têm apresentado resultados positivos. O “Pós crime”, por exemplo, é um projeto que atende às pessoas vitimadas, geralmente em casos de furto e/ou roubo, ocorrências que tem diminuído consideravelmente.

Vamos até a vítima prestar um segundo atendimento, buscando mais informações, conversando com vizinhos. São formas de trabalho que aproximam a polícia da comunidade e melhoram ainda mais a qualidade do serviço prestado”, analisa o Capitão.

Atuação contínua nas ruas

O Capitão também cita o aumento no número de casos envolvendo apreensão de drogas, algo que tem exigido novas táticas por parte da PM.

“Fazemos questão de estar presentes nas ruas patrulhando, abordando qualquer pessoa em situação suspeita e, assim, protegendo os cidadãos de bem. A situação com as drogas é um problema social também, de saúde pública, mas a polícia está diretamente ligada a isso e, apesar da solução total não passar pelas nossas mãos, fazemos questão de enfrentar essa situação. O Proerd é um programa feito pensando nisso também, combatendo esse tipo de prática”, analisa o policial.

Fiscalização de usuários de narguilés e vendedores ambulantes

Ao citar a questão da boa relação entre comunidade e polícia, Henden não deixa de lado qual tem sido o principal alvo de reclamações dos moradores: o uso de narguilé em lugares públicos, como parques e praças.

“Já estive na Câmara de Vereadores e também na Prefeitura. Em toda reunião alguém reclama disso, até porque as famílias que estão nesses locais, com seus filhos pequenos e adolescentes muitas vezes, se sentem desconfortáveis e acabam presenciando o uso dessa substância.

Há também a questão dos vendedores ambulantes que, sem alvará ou autorização do município, vêm até aqui para vender diversos produtos. A comunidade cobra bastante nesse sentido, até pelo fato de muitas vezes serem pessoas estranhas que ninguém conhece.

Em ambas as situações, estamos em busca de, por um meio baseado na legalidade, poder ter o direito de fiscalizar e também proibir esses tipos de ação”, garante Henden.