Animação na hora de entrar para o centro cirúrgico e expectativa ao sair. A fila de espera é grande no Hospital Dom Bosco, em Rio dos Cedros, onde acontece o Mutirão de Cirurgias de Catarata. São centenas de pessoas que, todos os dias, vão até o local para realizar o procedimento que demora, em média, dois minutos e meio (se não houver nenhuma complicação).

Diariamente são feitas aproximadamente 190 cirurgias e a expectativa é atender até dois mil pacientes entre os dias 18 e 25 de agosto. “Até o momento já foram feitas 1.600 cirurgias. Como a maioria dos pacientes são idosos, é obrigatório que eles estejam acompanhados”, explica a secretária de Saúde do município, Miria Floriani.

Cirurgia é a única cura

Para auxiliar no mutirão, mais de 20 médicos de São Paulo estão atuando no hospital. A cada vez, dez pacientes entram no centro cirúrgico e, um a um, são encaminhados para realizar o procedimento.

“Toda a pré-consulta é feita aqui nos corredores, como a biometria, aferição da pressão. A cirurgia é o único método de curar a catarata, uma doença que deixa a visão embaçada e, quando afeta os dois olhos, diretamente influencia na qualidade de vida das pessoas”, analisa Miria.

Ela destaca alguns cuidados que são necessários no pós-operatório. “Os pacientes já saem de volta para o corredor com o colírio e os óculos de proteção. Durante os próximos sete dias, é preciso respeitar e seguir todos os cuidados, como não abaixar a cabeça, esfregar o olho ou assistir televisão. Essas orientações são repassadas por profissionais (médico e enfermeiro) a cada um deles. Tendo esses cuidados, com o passar dos dias, a visão vai voltando ao normal”, esclarece.

De um dia para o outro?

Nas filas de espera, há pessoas que aguardam há anos por esse momento. “Há quem venha operar um olho hoje, por exemplo, e amanhã, quando deve voltar para avaliação médica do pós-operatório, já pode realizar o procedimento na outra vista, caso seja necessário”, comenta a secretária.

O Mutirão faz parte do “Projeto Ver”, uma iniciativa realizada através da Secretaria Estadual da Saúde, em parceria com a Associação da Rede de Beneficência Cristã.

“É a primeira vez que essa ação acontece aqui e, provavelmente, será a maior já feita em Santa Catarina. Estamos atendendo a pacientes de mais dez cidades do Médio Vale do Itajaí. O hospital foi escolhido graças a uma solicitação que fizemos com o estado para a realização dessas cirurgias”, explica Miria.