Seu IPTU pode salvar vidas

Pagamento à vista do IPTU de Timbó terá 10% de seu valor destinado para duas importantes causas: construção da UTI Neonatal do Oase e construção da sede própria da RFCC da cidade

Por Aline Christina Brehmer 25/01/2019 - 13:50 hs
Foto: Rafael David/Jornal Café Impresso

Mais uma vez a Prefeitura de Timbó dá aos munícipes o poder de colaborar para salvar inúmeras vidas. Como? Através do pagamento à vista do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

A quitação à vista desse valor terá 10% da quantia total destinada para duas importantes obras na cidade: a construção da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital e Maternidade Oase e a construção da sede própria da Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC).

O comunicado oficial dessa decisão foi feito nesta semana em uma coletiva de imprensa que reuniu o prefeito Jorge Krüger, o vice-presidente do Conselho Diretor do Hospital Oase Osvaldo Trisotto, a presidente da RFCC Nivéria Roedel e a coordenadora da Comissão de Construção da RFCC Elenita Lenzi da Silva.

Também marcaram presença no evento demais autoridades e membros da Rede e do hospital.

Em sua fala, Krüger destacou como exemplo de sucesso dessa colaboração da comunidade a construção da UTI Adulto do Oase. “Um espaço com dez leitos que já salvou muitas vidas e atende a todo o estado de Santa Catarina. Nosso objetivo ao incentivar o pagamento do imposto à vista neste ano é proporcionar um atendimento de qualidade que possa salvar a vida de nossas crianças e também auxiliar no tratamento de mulheres de Timbó e região que lutam contra o câncer de mama”, disse.

UTI Neonatal e projeto Hospital Escola

Trisotto citou essa alternativa de destinar 10% do valor do IPTU às obras importantes na cidade como um exemplo. “Foi uma iniciativa que já deu resultado, salvando inúmeras vidas na UTI Adulto, beneficiando nossa comunidade local e regional. É uma proposta que serve de exemplo para muitas regiões do Brasil”, declarou.

Trisotto explica que a construção (incluindo leitos e equipamentos no geral) da UTI Neonatal está avaliada em R$ 3.277.000,00, dos quais 51% (aproximadamente R$ 1.680.000,00) serão arrecadados através do pagamento à vista do IPTU.

Desse montante, a quantia de R$ 1,4 milhão, destinada à compra dos equipamentos periféricos, foi doada por um empresário de Jaraguá do Sul (que já havia colaborado financeiramente para a compra de equipamentos da UTI Adulto).

“Sendo assim, nos resta busca a quantia de R$ 200 a 250 mil para fechar esse valor, mas temos algumas alternativas para levantar esses recursos”, explicou o vice-presidente. Ele destaca que a UTI Neonatal será uma construção moderna e com instalações adequadas, um modelo de referência.

Outra novidade anunciada por Trisotto foi a mudança no estatuto do hospital que o transformará em um Hospital Escola. “Através disso será possível fazer residência médica aqui no Oase, mas acima de tudo iremos trazer para Timbó cursos superiores em nível técnico. Nesta semana representantes do hospital foram até São Paulo para tentar dar prosseguimento a esse projeto. Não sabemos quando ele vai iniciar ainda, mas pretendemos que seja o mais breve possível”, adianta.

Uma realização de todos

Hoje a RFCC de Timbó conta com 13 setores, dentre eles o da mama, que atende a 63 mulheres mastectomizadas; o do útero, que já tem mais de 11 mil mulheres cadastradas; além do bazar, setor de patrimônio, festas e eventos, artesanato, dentre outros.

A presidente Nivéria ressalta que esse amplo serviço é realizado por 60 voluntárias, dentre psicólogas, massoterapeutas, nutricionistas e setor de atendimento/administração da rede.

“Hoje temos uma enfermeira que é cedida pela prefeitura, através da secretaria de Saúde, e uma técnica de enfermagem que é paga pela RFCC. Para auxiliar nas despesas temos o bazar como um dos nossos carros-chefes”, mencionou.

Ela ressalta que o terreno onde a sede própria da RFCC está sendo construída hoje foi uma doação do Governo de Santa Catarina. “Esse é apenas um dos exemplos do tanto que as voluntárias “correram atrás” do governador, mas elas conseguiram. É um trabalho de formiguinha, mas que vale todo o esforço”, garante.

Elenita complementa informando que a obra foi projetada já pensando nos próximos 20 anos, a fim de poder acolher com conforto todas as mulheres que venham a necessitar desse atendimento.

“Hoje nós não temos espaço para guardar uma caixa. Se o setor da mama está atendendo, por exemplo, não há como atender no setor do útero, também por falta de espaço. A gente faz o que pode, mas não temos mais espaço físico para atender nossa demanda. O que fizemos até aqui foi por conta própria, arrecadando da forma que conseguíamos, mas recebemos um belo impulso para realizar nosso sonho”, desabafa.

Frente a essa realidade, ela e Nivéria destacaram o agradecimento ao prefeito e poder público por “olhar com tanto carinho para a causa, ir conhecer o trabalho da rede e proporcionar esse auxílio. É uma obra que vai acontecer graças à comunidade em grande parte, afinal, nada se faz sozinho, é sempre um trabalho em equipe”.