Cuidado: a virose está no ar

Doutor João Lobato faz alertas e dá dicas de como se recuperar da doença

Por Aline Christina Brehmer 25/01/2019 - 14:43 hs
Foto: Aline Christina Brehmer/Jornal Café Impresso
Cuidado: a virose está no ar
Doutor João Pedro Rodrigues Lobato tem 72 anos e há 42 se dedica à profissão atuando como clínico ge

Todos os dias o doutor João Pedro Rodrigues Lobato, 72 anos, que é clínico geral e pediatra, atende de quatro a cinco casos de virose em seu consultório – a maioria envolvendo crianças. Os dados dizem respeito ao ano de 2019, mas, como explica o profissional, essa é uma doença que se torna “comum” todos os anos nessa época.

“Cerca de 90% dos casos dá para resolver em casa, os outros 10% acabam exigindo internação. Geralmente o hospital acaba sendo a opção de pais que não conseguem fazer com o que o filho aceite a medicação via oral em casa, então a única alternativa é o método intravenoso, ou seja, a medicação é aplicada direto na veia”, esclarece doutor Lobato.

Qualquer pessoa pode contrair o vírus

Lobato, que já acumula 42 anos de experiência na profissão, explica que há vários tipos de virose. Há aquela que ataca o aparelho respiratório, mais comum no inverno, e a que está mais frequente ultimamente, atacando o aparelho digestivo e tendo como principais sintomas vômito e diarreia, resultando em desidratação.

“Há casos em que a pessoa também tem febre, mas os demais sintomas são os primeiros a se apresentar. Nesse caso, não importa se for um adulto ou uma criança, a pessoa deve ser levada imediatamente ao hospital para ser consultada e iniciar o tratamento”, alerta o médico.

Ele diz que na maioria dos casos a virose dura de três a quatro dias (mas nem para todos é assim), porém, se não houver o tratamento e medicação adequados, o quadro pode se agravar.

Como ocorre a contaminação?

Lobato diz que as formas de contaminação são várias: pelo ar, através de tosse, má higienização das mãos, entre outras. “Muitas crianças acabam contraindo a virose no ambiente escolar, muitas vezes através do ar nesse caso, mas após ser feito o tratamento adequado a pessoa se torna imune àquele tipo específico do vírus, só que é preciso lembrar que existem muitos outros”, destaca o pediatra.

Lobato lista algumas pessoas que têm mais chances de contrair a doença, como por exemplo quem tem diabete, doenças autoimunes, que tenham baixa imunidade e estejam desidratadas.

“A virose por si só já causa desidratação e o calor se torna um agravante nesse caso. Por isso indico às pessoas que estão passando por isso a se alimentarem bem, com comidas leves, caseiras e evitarem ingerir carne ou derivados do leite, por exemplo. Claro que o mais indicado continua sendo ir a um médico para ser avaliado e iniciar um tratamento correto. Nossa região possui profissionais preparados para lidar com essas situações”, reforça o médico.