Eleito deputado federal com 27.443 votos, o pomerodense Gilson Marques, do partido NOVO, toma posse de seu cargo hoje, dia 1º, em Brasília. A solenidade acontece às 10h no Plenário Ulysses Guimarães. Em entrevista concedida à redação do Jornal Café Impresso, Gilson fala sobre as expectativas, os nomes que irão integrar sua equipe, os benefícios dos quais abriu mão, como será sua nova rotina – entre muitas outras revelações que você confere a seguir.

 Café: Sendo este seu primeiro mandato na política, qual será sua primeira ação ao assumir oficialmente o cargo de deputado federal hoje?

Deputado Gilson Marques: A primeira ação do nosso mandato será cortar os próprios privilégios. Dispensarei auxílio-moradia, apartamento funcional, carro e celular; cortarei metade da cota parlamentar e recusarei aposentadoria especial. Essas são ações que todo parlamentar pode fazer, pois depende apenas da sua própria vontade e não de votações no plenário.

 Café: Sua atuação será abrangente ou mais regional?

GM: Sempre deixei claro que sou Deputado Federal por Santa Catarina, afinal, obtive votos em mais de 200 municípios. Quero ter uma atuação que beneficie a todos os catarinenses. Isso não quer dizer que abandonarei demandas regionais, porém, neste momento, todos os Deputados devem se engajar nas reformas que deverão vir ao Congresso, em especial, a Reforma da Previdência.

 Café: Já tem definidos os nomes de quem vai integrar sua equipe durante os próximos quatro anos?

GM: Sim, já tenho os nomes definidos. Começaremos com uma equipe bastante enxuta e, caso haja necessidade, ampliaremos. É importante ressaltar que cada Deputado Federal pode ter até 25 assessores (um absurdo), entretanto, todos os eleitos do partido NOVO se comprometeram a trabalhar com no máximo 12. Eu optei por iniciar os trabalhos com apenas seis.

 Café:  Como passa a ser sua rotina entre Brasília e Pomerode, tendo que conciliar a vida política com a pessoal?

GM: Minha família veio morar comigo em Brasília, assim não terei a necessidade de retornar toda semana para Santa Catarina. É importante ressaltar, conforme dito anteriormente, que recusei o apartamento funcional e o auxílio-moradia. O salário de Deputado é mais do que o suficiente para bancar os custos com moradia em Brasília. Terei um representante nomeado em Santa Catarina para atender às demandas e, sempre que necessário, me farei presente. Porém, seremos responsáveis com o dinheiro público, entregando mais com menos custos.

 Café: Qual é a principal bandeira do seu mandato?

GM: É difícil citar apenas uma bandeira principal, mas se tivesse que elencá-la seria a FISCALIZAÇÃO. Fiscalizar o Poder Executivo é uma tarefa que tem sido negligenciada pelo Congresso e queremos retomá-la com afinco. Os congressistas criam cada vez mais projetos de lei, como se o número de projetos enviados definisse a qualidade do trabalho parlamentar.

Estão sempre focados nas intenções das leis, mas desprezam os péssimos resultados que elas muitas vezes produzem. Há um certo senso comum de que o problema do Brasil não é o excesso de leis, mas a falta de cumprimento delas. A grande verdade é que se todas as leis fossem efetivamente cumpridas, o país paralisaria.

Nossa atuação quer ir no sentido inverso. Vamos fiscalizar o Executivo e trabalhar para revogar leis e desburocratizar o país, melhorando o ambiente de negócios, gerando mais oportunidades de emprego e renda.

 Café: O que essa conquista, que também não deixa de ser um grande desafio, representa para você?

GM: É uma grande conquista, mas que traz consigo muitas responsabilidades. Serei efetivamente um representante da sociedade e não dos meus interesses particulares ou dos interesses particulares de grupos de pressão. Vou cortar meus próprios privilégios para dar o exemplo e não estou preocupado com reeleição. Trabalharei incansavelmente para tornar o Brasil um país mais simples, seguro e livre.