SC tem primeiro caso de morte por raiva humana em 38 anos; Sul do Estado entra em alerta

Mulher que morava na área rural de Gravatal foi vítima da doença; animais terão que ser vacinados

07/05/2019 - 11:22 hs
Foto: Divulgação/Internet

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) confirmou nesta segunda-feira (6) a primeira morte por raiva humana no Estado em 38 anos. A vítima foi uma mulher que morava em Gravatal, no Sul do Estado. Ela morava na área rural do município.

De acordo com a Dive-SC, todos os cães e gatos que moravam num raio de 5 km da vítima devem ser vacinados contra a doença por precaução. A medida também atinge residências da cidade vizinha, Capivari de Baixo.

Santa Catarina é um dos locais considerados livres da raiva em localidades urbanas. Antes da morte do homem, que aconteceu no dia 4 de maio deste ano, o último caso tinha sido registrado no município de Ponte Serrada, em 1981. Já as últimas mortes de animais com raiva foram registradas nos anos de 2006 e 2016.

A vacinação contra a raiva é uma medida prevista pelo Ministério da Saúde, para evitar a proliferação da doença. Serão solicitadas 10 mil doses, que devem ser distribuídas a partir do dia 9 deste mês.

A raiva pode atingir seres humanos e animais domésticos como cães, gatos, cavalos, bois e também silvestres tais como morcegos e macacos. A doença é transmitida pelo contato com a saliva dos animais infectados. Não há cura estabelecida. As vítimas, sejam pessoas ou animais, acabam morrendo.

O contágio pode acontecer tanto em casos de ataques que envolvam mordidas, mas também com lambidas. Sendo assim, quem sofrer algum tipo de situação que envolva ferimentos deve buscar se vacinar, em qualquer unidade de saúde.

Busca de animais

Além da vacinação nos animais que vivem próximos à casa da vítima, técnicos da Dive devem percorrer toda a região em busca de animais mortos que também possam ter sido infectados pela raiva.

A Dive também solicita aos donos de animais que fiquem atentos ao comportamento dos bichos que não foram vacinados. Em caso de alterações, como inquietação, aumento da agressividade, paralisia dos membros ou medo da luz, é necessário entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde.

Fonte: NSC