O poder da empatia
Professores e estudantes da Escola Zanella se unem para trabalhar a inclusão
Professores e estudantes da Escola Zanella se unem para trabalhar a inclusão
A Escola de Educação Básica Professor Juvenal Cardoso Zanella fez uma comemoração especial no Dia Nacional do Surdo, celebrado no último dia 26. Abraçando a causa e reforçando a luta contra o preconceito, a instituição buscou uma nova forma de fazer com que os estudantes reflitam, no seu dia-a-dia, acerca do que realmente representa a inclusão, fazendo-a ser parte da história e construção desses futuros cidadãos.
“A Política de Educação Especial descreve que o aluno especial tem
garantido o acesso à escola comum, porém, muitas vezes, ele tem sido privado da
efetiva participação”, comente a diretora da escola, Kátia Girardi Dallabona.
Nesse sentido, ela reforça a importância de realizar ações que
possibilitem a inserção dos alunos da educação especial em atividades propostas
para a turma. “Sabemos que as crianças são os melhores atores. Gostam de criar
personagens e principalmente acreditam no que fazem”, complementa.
Nova versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo
E foi esse pensamento que motivou as professoras Fátima Denise de Melo Pellizzaro (regente), do 3º ano, e Juliana Mendes Volani, do Atendimento Educacional Especializado (AEE) da EEB Profº Juvenal Cardoso Zanella, a adaptar um episódio do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, de Monteiro Lobato e apresentá-lo em forma de teatro.
Essa iniciativa, segundo Kátia, visa a integração de alunos que frequentam o AEE com alunos do 3º ano. “Para tirar a ideia do papel, os integrantes das duas turmas encenaram a peça “Os visitantes”, que relata a vida diária no Sítio. Os personagens Narizinho e Pedrinho recebem seus colegas da escola, sendo que um deles é deficiente visual e outro surdo”, explica a professora Juliana.
Durante a peça, as crianças demonstram a importância de respeitar os momentos de aprendizagem, que podem ser diferentes para cada aluno, como o falar por meio de gestos ou pelo toque, trazendo a sensibilidade em cada detalhe do teatro.
Fátima diz que foi possível trabalhar com os alunos temas
importantes como o respeito, a diversidade, a generosidade, além de um pouco
sobre o uso do Braille e a Língua Brasileira de Sinais (Libras). “Na escola
está havendo aulas de libras para os alunos no contra turno, essa forma de se comunicar
é novidade na escola e está conquistando todos”, diz.
Escola Zanella oferece aulas de libras
Os alunos matriculados na aula de Libras, juntamente com o professor Gilberto Jonildo Correia, apresentaram a história dos Surdos, contada pelos alunos por meio de cartazes e apresentado em libras.
Durante a elaboração do cenário das atividades de inclusão, vários sujeitos do ambiente escolar colaboraram, incluindo alunos, pais, professores e servente da escola. “Foram momentos de interação, troca de conhecimentos, solidariedade e de novas amizades, sendo esses fatores necessários no ambiente escolar. Estamos muito contentes com o resultado final dessas ideias, da forma como todos abraçaram a causa”, agradece a diretora da escola.
Kátia reforça que todas as segundas e quartas-feiras à tarde, na Escola Zanella, são oferecidas aulas de Libras para os alunos matriculados no educandário. “A cada dia estamos nos surpreendendo com as crianças que aprendem rapidamente essa linguagem”, analisa.
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