Qual Timbó você quer para o futuro?

Timboenses falam sobre o que gostam - e o que poderia ser mudado - em Timbó hoje

Por Aline Brehmer 11/10/2019 - 17:07 hs
Foto: Aline Brehmer

Nesta semana a redação do Café Impresso foi às ruas da cidade para saber: afinal, o que os moradores daqui pensam sobre a Pérola do Vale? Timbó recebeu muitos elogios – e também algumas críticas e sugestões de como, no futuro, poderia se tornar uma cidade ainda melhor para se viver. Confira, a seguir, o que esses timboenses (de nascimento e coração) falaram sobre a cidade e os seus 150 anos.

 

“Sou timboense de nascença. Cheguei a me mudar, casei e tive filhos, mas voltei pra cá. Senti saudade da minha cidade natal, um lugar que é tão bonito e gostoso para se viver, que hoje aproveito junto com meus netos também. Lembro que aqui no Parque Central era só mato quando cheguei, as coisas mudaram muito! Apenas penso que falta algo: um cinema ou teatro aqui pertinho da gente, aí não precisa pegar a BR”  – Verônica Brandes, 62 anos, aposentada

 

“Nasci aqui e vejo Timbó como uma cidade excelente, com uma qualidade de vida muito boa. Apenas teria uma sugestão. Penso que seria interessante um monitoramento com câmeras em alguns pontos da cidade. Acredito que isso traria maior sensação de segurança para os cidadãos” – Charles Claver Adam, empresário

 

“Vim de Chapecó há 36 anos e me orgulho de ser de lá, mas meus filhos estão aqui e a maior parte da minha vida também, então me considero timboense. Na verdade, vim pra cá porque me trouxeram pra jogar bola, futebol, até o campo era aqui mesmo, no Parque Central. Depois acabei trabalhando de pintor e jardineiro. Construí minha família e hoje já tenho netos. Estamos todos por aqui. A diferença daqui com Chapecó é grande, até como as pessoas tratam umas às outras também, existe o “bom dia”, “boa tarde”, pessoal se conhece. Além disso, emprego aqui não falta. Me sinto à vontade em Timbó. Meus filhos não saem daqui por nada também. Sabemos que por melhor que a cidade seja nunca vai agradar a todo mundo, mas a cidade é boa e está tudo certo. Na verdade, pensei que Timbó tivesse uns 60 ou 70 anos, barbaridade! Nunca pensei que fosse “tão de idade” essa cidade, fiquei surpreso e estou achando legais as comemorações que estão acontecendo” – Vilson Rodrigues Galvão, 61 anos, aposentado

 

“Moro aqui há seis anos. Vim de Fortaleza (CE) e, como amo inverno, acabei chegando aqui, onde me adaptei muito bem. Tenho trabalho, sou formada e esse tempo morando aqui tem sido muito bom. Tenho acompanhado as comemorações dos 150 anos e estou achando incrível, o pessoal sempre animado, unido. Não é em todo lugar que se vê isso” – Géssica Gonçalves da Silva, 28 anos, vendedora

 

“Faz quatro anos que saí do Pará e cheguei aqui, onde vou ficar ainda por bastante tempo. Tenho primos, irmãos e tios que moram aqui há muito mais tempo que eu, mas o que realmente me fez permanecer na cidade é a qualidade de vida. Em Timbó há muito emprego e segurança também, isso é o principal que me fez escolher esse lugar como meu novo lar” – Anderson dos Santos Almeida, 31 anos, operador de máquina

 

“Cheguei aqui com 22 anos. Vim de Ibirama e em Timbó encontrei bastante serviço, era uma cidade sossegada. Hoje, vejo já não é mais tão tranquila quanto foi um dia, até pela questão de drogas. Mas fazemos o que podemos pelas pessoas boas. Criei meus filhos aqui. Durante 15 anos morei da Pomeranos e sempre fiz reciclagem, é uma renda extra. Encontrei o prefeito Jorge e falei com ele, com a mulher dele também, pedi se não tinha ninguém trabalhando no Telecentro, aí recebi uma oportunidade. Limpo os banheiros, os ônibus também. No horário do meio-dia, almoço e até às 13h faço reciclagem. Gosto de trabalhar aqui, vejo que a cidade está ficando bonita e irá ficar ainda mais. Estarei presente na Festa do Imigrante, vou juntar latinhas. Posso dizer que vou estar sempre por aqui, gosto muito de Timbó” – Janete Ribeiro Luiz Correia, 50 anos, funcionária da Prefeitura de Timbó

 

“Já faz 11 anos que cheguei em Timbó. Vim de um estado vizinho. No começo foi difícil me adaptar a morar aqui, mas não tem lugar melhor para criar um filho. Aqui sei que eles vão ter um futuro melhor. Onde eu morava a chance de entrar no mundo das drogas era grande, por isso vejo que Timbó é um paraíso perto de lá” – Manoel Basilio Androchuc, 30 anos, servente de pedreiro

 

“Faz uns 15 anos que cheguei. Até saí, mas retornei. Vim de Itajaí, e gostei muito daqui, tanto pelo atendimento na saúde, até por ter família aqui também. Penso que talvez a única coisa que falte seja serviço, vejo que há poucas oportunidades em determinadas áreas...” – Maria da Graça Silva, 71 anos, aposentada

 

“Moro aqui minha vida toda. Cheguei a morar um ano em São Paulo, mas admito que foi uma experiência que não repetiria. Voltei para cá e aqui ficarei. Timbó é o lugar onde construí minha família, gosto de estar perto dos meus netos e filhos. A única coisa que, penso, poderia ser repensada e melhorada, é a questão do atendimento nos postos de saúde. A situação dos encaixes demora. Mas, no mais, não tem do que falar. Estou ansiosa para prestigiar o Desfile Alegórico e passear na festa fim de semana” – Carmen Brehmer Nardelli, 59 anos, aposentada

 

“Desde sempre moro aqui. Gosto muito aqui do sossego e a paz que temos. Podemos trazer nossas crianças no parque, tem uma boa infraestrutura. Até já recebi oportunidade para trabalhar fora, mas não penso em sair. Considero que a cidade como um todo é muito boa de se morar, Se fosse pensar em algo para melhorar, seria a segurança. Há pessoas boas que chegam aqui, mas, infelizmente, também há as más intencionadas. Além de técnico de segurança no trabalho também ou músico, inclusive minha banda, Horizonte Azul, vai se apresentar hoje à noite na Festa do Imigrante, às 17h” – Alexandre Pasquali, 33 anos, técnico de segurança do trabalho

 

“Nasci em Rio dos Cedros, mas sempre morei em Timbó. Me considero timboense de coração e não penso em sair daqui nunca. É uma cidade organizada, principalmente limpa. Vejo isso como uma vantagem que temos, porque, se formos em cidades maiores, vemos sujeira por todos os lados. Aqui existe uma cultura que permite que a gente saia na cidade à noite sozinho. Educação também, não tem o que falar das escolas de Timbó, que são muito boas. Apenas na área do lazer, vejo que está bem centralizado. Moro na Vila Germer e precisa vir até o Centro para vir no parquinho. Agora está sendo construído um na Quintino, mas já tem um no CSU, por exempo. No fim de semana, domingo por exemplo, para quem depende de transporte público, acaba não tendo como se locomover. Na área da saúde não tem o que reclamar, porque estamos sendo atendidos, mas é algo que pode ser ainda melhor, no meu ponto de vista” – Grazielle Patrício, 38 anos

 

“Faz só oito meses que me mudei pra cá. Vim de uma cidade vizinha, mas a diferença é grande. Achei Timbó melhor, parece que as pessoas aqui acolhem melhor quem chega, dá um sentimento de proximidade, simpatia por parte das pessoas. Estou gostando de viver aqui” – Djordson Diogo Pereira de Moraes, 17 anos, estudante

 

“Há 43 anos cheguei aqui, vindo de Rio dos Cedros. Me considero timboense, até porque não vou trocar essa cidade por nenhuma outra. Eu adoro as pessoas daqui, assim como os amigos que fiz. Tenho minha família por perto, pra mim está bom do jeito que está”  Ilfrida Kruger, 67 anos, aposentada

 

“Em 1993 eu saí de Petrolândia, junto com meu filho pequeno, e vim pra cá. Timbó é uma cidade especial pela limpeza e educação do povo. Algo que me encanta é a arborização, como essas flores aqui no Parque Central. Fico realmente encantada. Se pudesse, levava todas para casa. Gosto de passear, mas não é sempre que dá tempo, já que trabalho ainda como cuidadora de idosos, mas sempre que consigo uma folga venho dar um passeio. Hoje, a única coisa que gostaria de pedi é uma atenção à minha rua. Moro na Grevileia, bairro dos Estados, e nem o carro-pipa consegue subir lá. Até onde sei o projeto para pavimentação está a caminho, esperamos que chegue logo...” – Elisia de Souza, 52 anos, aposentada

 

“Já vai fazer dois anos que vim do Pará pra cá. Estava justamente em busca de um lugar como Timbó pra morar. Foi surpreendente chegar aqui, muito diferente da minha cidade, principalmente pela onda de crime, periculosidade, que aqui é bem menor. Cheguei assustado, mas hoje ando tranquilo. Estou passeando por aqui com o celular e a carteira no bolso, lá não tem como fazer isso. Depois que chegamos aqui, eu e minha família nunca mais pensamos em voltar. Outro ponto positivo é a educação das pessoas, em todos os lugares, algo muito mais evoluído. Acho Timbó uma cidade tão perfeita que não mudaria nada” – Rosinaldo Guerra Modesto, 27 anos, montador de máquinas