Polêmica em Rio dos Cedros: prós e contras

Entenda qual era a proposta do projeto de lei que foi rejeitado nesta semana

Por Aline Brehmer 13/12/2019 - 15:08 hs
Foto: Divulgação/Redes sociais

Nesta semana foi para votação na Câmara de Vereadores de Rio dos Cedros o Projeto de Lei 050/2019, que tinha como finalidade viabilizar o financiamento de R$ 2,5 milhões, junto ao Banco do Brasil, para obras de pavimentação na cidade.

As ruas contempladas pelos recursos seriam no bairro Divineia (ruas Sete de Setembro, Guilherme Marquardt e a revitalização da rodovia Tercilio Marchetti), no bairro Centro (rua Boa Vista), no bairro Cruzeiro (rua Primeiro de Maio) e também nos bairros Rio Ada e Rio Herta.

A votação gerou polêmica na cidade. O projeto recebeu cinco votos contrários, dos vereadores Altair Lenzi, Cássio Berri, Jaime Mengarda, Laucemar Teske e Noredi Busarello, e três favoráveis, dos parlamentares Amarildo Vicenzi, Ivete Bona e Vivia Bona.

O presidente da Câmara, Dilson Dalpiaz, só votaria em caso de empate – porém, diz lamentar a decisão. “Respeito o voto de cada um, mas infelizmente vejo que quem perde aqui é a comunidade, porque essa era a oportunidade de contemplarmos vários bairros com a tão sonhada pavimentação. Espero que quem votou contra busque seus deputados Estaduais e Federais para obter recursos para essas obras, mas sem esquecer que os prazos e mandatos estão acabando, afinal, 2020 está aí e o povo está de olho”, diz. 


Vereador Altair Lenzi justifica voto contrário

O vereador Altair Lenzi, que manifestou seu voto contrário à aprovação, justifica a decisão. Segundo ele em setembro deste ano os vereadores, em unanimidade, já teriam aprovado um empréstimo no valor de R$ 2,5 milhões.

“Na época fomos informados que os recursos seriam investidos para obras de uma rotatória, que daria R$ 800 mil, e dois trevos alemães, que custariam R$ 700 mil no total. Então, sobraria ainda R$ 1 milhão. Havia no pacote ainda obras para a rua Sete de Setembro, pavimentação na Estraga Geral Rio Ada (próximo às duas igrejas locais) e drenagem para a rua Guilherme Marquardt, que seria em seguida asfaltada. Como não havia projetos, nos pediram confiança e pressa na aprovação, prometendo que os projetos de engenharia seriam apresentados em breve, o que ainda não aconteceu”, diz o vereador.

“O projeto que veio para votação nesta semana foi em Regime de Urgência. O dinheiro seria investido em seis ruas, entre elas a Sete de Setembro, Guilherme Marquardt e Rio Ada, que já estavam inclusas no outro empréstimo. Diante disso, fica a pergunta: como iríamos aprovar mais dinheiro para as mesmas coisas? Pedimos mais clareza e os projetos individuais de cada obra, para analisar. Importante lembrar que também neste ano já havia sido aprovado ou projeto, no valor de R$ 3 milhões, para a pavimentação de um trecho até Rio Esperança.

Ele diz ainda que nada impede que o projeto volte para votação na Câmara. “Saliento também que nada impede que este projeto volte, seja analisado e votado mais uma vez, desde que venha com mais clareza e melhor planejado, constando dados como metragem, material usado na pavimentação e o custo de cada obra. É preciso avaliar com cautela, até porque se trata de uma grande quantia de dinheiro. Será que nós, vereadores que votamos contra, erramos em pedir mais clareza e transparência?”, questiona.