A obesidade tem
aumentado em todo planeta, sendo classificada como problema de saúde pública
mundial. A abundante oferta de alimentos palatáveis, energéticos e baratos,
aliados aos hábitos sedentários, pode ser considerado o fator desencadeante
desta epidemia.
Em medicina
veterinária, a obesidade já é considerada a afecção nutricional e
metabólica mais comum nas sociedades desenvolvidas. Estima-se que cerca de
34,1% da população canina americana encontra-se em sobrepeso ou obesa. Na
Austrália, encontrou-se prevalência que variou entre 23 a 41% dos cães.
Estima-se ainda que 25
% dos cães sofram de disfunções hormonais e 15 % tenham a chamada
"obesidade do stress" , que ocorre por falta de atividade, por
solidão e até por carência de atenção, o que leva o cão a consumir alimentos em
excesso como forma de aliviar a tensão (é o cão insaciável).
A obesidade é
definida como um excesso de gordura corporal suficiente para prejudicar as
funções fisiológicas do organismo.
O ser humano é definido como moderadamente obeso quando o peso real excede o peso ideal em 15 a 30%. Definições semelhantes foram propostas para cães e gatos e considera-se em sobrepeso o cão com mais de 15% de gordura corporal.
Apesar de ser considerada doença essencialmente nutricional, na origem da obesidade existem fatores genéticos, sociais, culturais, metabólicos e endócrinos, que determinam caráter multifatorial à afecção.
Todos esses fatores produzem um
desequilíbrio entre o consumo e o gasto energético, que conduz a balanço
energético positivo acumulado na forma de gordura, levando ao ganho de peso e
mudanças na composição corporal.
As conseqüências
imediatas da obesidade, como diminuição da resistência e os contornos pouco
graciosos, não são nada em comparação com as múltiplas complicações que se
podem produzir nos mais diversos sistemas como: transtornos no aparelho
locomotor, dificuldades cardio-pulmonares, patologias nas funções reprodutivas,
predisposição a diabetes, predisposição a enfermidades infecciosas, transtornos
da pele além de, altos riscos cirúrgicos.
Os tutores contribuem
significativamente para o ganho de peso em seus animais, por meio de falhas no
ajuste das necessidades alimentares individuais, dificuldade de reconhecer a
obesidade de seu animal, oferta de petiscos ignorando o seu valor energético,
permissão do comportamento de súplica por alimento e prática insuficiente de
exercícios.
Estudo recente, que avaliou a opinião de mais de 200 tutores sobre a condição corporal de seus animais, verificou que estes subestimam em 20% ou 30% o sobrepeso de seus cães.
No Brasil a obesidade está associada ao consumo de ração associado a
alimento caseiro e/ou petiscos. A ração permanece sempre disponível, e no
horário das refeições o animal recebe alimento caseiro, o que conduz a um
super consumo de calorias.
Para o cão ou gato
acima do peso iniciar um programa de emagrecimento o primeiro passo, é o mais
difícil e também o mais importante que é o tutor convencer-se do estado de
obesidade de seu cão (a imagem de que o cão gordo é um cão bem tratado é coisa
do passado).
Outras dicas são: siga
rigorosamente as indicações do fabricante quanto a quantidade de ração a ser
fornecida. Fracionar a ração ao longo do dia para que o cão tenha sempre a
sensação de estar saciado, isto é, em vez de dar 300g de uma só vez, fornecer 3
refeições de 100g.
Desapegar das
guloseimas (o biscoito pela manhã, o pedacinho de queijo a tarde, o bifinho a
noite, etc). Estes petiscos são utilizados de forma incorreta. Na verdade,
foram criados para serem dados ao cão durante o treinamento, como prêmios, como
um incentivo ao aprendizado.
E a mais importante
sugestão é fazer com que o cão faça exercícios regularmente.
Se apesar de todas
estas mudanças ele continuar com excesso de gordura, convém estabelecer um
programa preciso de emagrecimento junto ao veterinário que o trata. Este poderá
utilizar alimentos dietéticos industrializados ou elaborar um cardápio para dieta
caseira.
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