Hospital Beatriz Ramos aguarda credenciamento da UTI há duas semanas
Direção da unidade decidiu abrir cinco leitos por conta própria diante da lotação das unidades de terapia intensiva na região
Passado quase um mês desde a chegada dos respiradores ao
Hospital Beatriz Ramos, em Indaial, os 10 leitos de UTI para casos de
coronavírus ainda não estão credenciados pelo Ministério da Saúde. O pedido de
habilitação, feito pela Secretaria de Estado da Saúde, ocorreu no dia 7 de
julho, mas passadas duas semanas ainda não houve retorno.
Com a lotação das UTIs no Vale do Itajaí, a direção do
hospital decidiu abrir cinco leitos por conta própria, explica a diretora da
unidade, Adriane Ferrari . Uma medida necessária para não deixar a comunidade
desassistida por conta da burocracia.
Com isso, a UTI do Beatriz Ramos começou a receber pacientes
com a Covid-19, pela rede pública, neste domingo (20). De imediato três vagas
foram ocupadas. Ou seja, um dia após a abertura a unidade só tem mais dos
leitos disponíveis.
A expectativa é que outros cinco sejam liberados na
quarta-feira (23), mas não devem ficar apenas para pacientes de Indaial. Como a
regulação é feita pelo governo do Estado, os leitos podem ser ocupados por
moradores de toda Santa Catarina.
Qual o problema de não ter credenciamento?
Sem o credenciamento junto ao Ministério da Saúde, o
hospital não recebe dinheiro para ajudar no custeio da internação. Recursos
vindos do governo Federal para enfrentamento à pandemia estão sendo usados para
dar arcar com os custos enquanto a habilitação não vem.
O prefeito André Moser embarcou para Brasília na manhã desta
terça-feira (21). Segundo ele, foi cobrar pessoalmente a resolução da
demanda.
“Montamos a estrutura física para 10 leitos. Já treinamos a
equipe. Então no que tange ao município de Indaial e ao Hospital Beatriz Ramos
nós estamos OK. Só aguardando, nesse momento, a liberação e a publicação da
portaria do Ministério da Saúde”, afirma André.
A montagem da UTI
Nos dias 25 e 26 de junho o hospital de Indaial recebeu 10 respiradores vindos do governo do Estado. A prefeitura comprou os monitores. O custo com pessoal e medicamentos ficou por conta do Beatriz Ramos.