Perder alguém significativo nos tira o chão, nos abre um enorme buraco, nos esvazia a alma. Por vezes até nossas crenças nos deixam sem amparo, ficamos órfãos.
A dura realidade da morte se impõe, percebemos que tudo tem um fim, que por mais que tenhamos buscado negar ou distanciar, somos tocados pela dor arrebatadora da perda.
E o tamanho da dor vai depender do quanto investimos nessa relação, do que essa perda significa em todas as dimensões (psicológica, social, existencial, espiritual, familiar).
O tempo,
que inicialmente mais parece um inimigo, é essencial para que ocorram as
mudanças, as transformações de dentro e de fora na vida de quem fica. Eis o
processo do luto; que essencialmente demanda de tempo.
Cronologicamente passam-se os dias, meses, ano; no entanto, o tempo emocional e interno, não acompanha o do relógio e do calendário. Cada pessoa passa pelo processo do luto de maneira diferente e o tempo para a elaboração também é diferente.
A possibilidade de expressar as emoções e os
sentimentos evocados pela morte de alguém querido é de extrema importância.
Não seja duro consigo mesmo, não tente negar a ferida que se abriu e a dor que esteja sentindo, a “ferida precisa ser limpa e cuidada”, assim como as coisas que se deixou de dizer e de fazer a quem se foi, devem ser substituídas pela certeza de que nenhum de nós é 100% perfeito nas nossas relações, que o que fizemos foi o possível dentro de nossos recursos para aquele momento.
Assim como a ferida que se fecha e deixa suas marcas, a morte de alguém que amamos se transforma durante o processo do luto numa cicatriz, que está lá, mas agora já não causa tanta dor; damos a ela o nome de memórias, de saudade.
Por Patrícia dos Santos – Psicóloga no Plano Boa Vida – CRP
12/10686.
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, MBA em Gestão de
Pessoas, Coach pelo IBC, Formação em Tanatologia pela RNT (Perdas e Luto).
patricia.santos@boavida.com.br
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