Vendas do comércio crescem 5,2% de junho para julho, diz IBGE
Essa é a terceira alta consecutiva do indicador
Essa é a terceira alta consecutiva do indicador
O volume de vendas do comércio varejista teve alta de 5,2% na passagem de junho para julho deste ano, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa é a terceira alta consecutiva do indicador, que
cresceu 8,5% em junho e 13,3% em maio, e o melhor resultado para o mês, desde o
início da série histórica, em 2000.
Segundo o IBGE, depois das quedas de 2,4% em março e de
16,6% em abril, devido à pandemia de covid-19, os três resultados positivos
(maio, junho e julho) conseguiram recuperar as perdas com o isolamento social
provocado pela doença.
O volume de vendas também teve altas de 8,7% na média móvel
trimestral, de 5,5% na comparação com julho de 2019 e de 0,2% no acumulado de
12 meses. No acumulado do ano, no entanto, ainda apresenta queda (-1,8%).
Em julho, houve alta no volume de vendas em sete das oito
atividades pesquisadas: livros, jornais, revistas e papelaria (26,1%), tecidos,
vestuário e calçados (25,2%), equipamentos e material para escritório,
informática e comunicação (11,4%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos,
de perfumaria e cosméticos (7,1%), combustíveis e lubrificantes (6,2%), outros
artigos de uso pessoal e doméstico (5,0%) e móveis e eletrodomésticos (4,5%).
O setor de supermercados, alimentos, bebidas e fumo
manteve-se estável em relação ao mês anterior.
O varejo ampliado, que inclui também os segmentos de
materiais de construção e de veículos e peças, cresceu, 7,2% na passagem de
junho para julho. O setor de veículos, motos, partes e peças teve alta de
13,2%, enquanto material de construção avançou 6,7%.
“Como o indicador despencou de fevereiro até abril, a base
ficou muito baixa e essa recuperação vem trazendo todos os indicadores para os
níveis pré-pandemia. Alguns setores estão bem acima dos níveis de fevereiro,
como móveis e eletrodomésticos (16,9% acima), hiper e supermercados (8,9%) e
artigos farmacêuticos (7,3%), além dos materiais de construção (13,9%), no
varejo ampliado”, afirma o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
O varejo ampliado também teve crescimentos de 11,2% na média
móvel trimestral e de 1,6% na comparação com julho de 2019. Nos acumulados do
ano e dos últimos 12 meses, no entanto, houve perdas de 6,2% e 1,9%,
respectivamente.
A receita nominal do varejo teve altas de 5,7% na comparação
com junho deste ano, de 8,6% na média móvel trimestral, de 8,8% em relação a
julho do ano passado, de 1,4% no acumulado do ano e de 3% no acumulado de 12
meses.
Já a receita do varejo ampliado teve altas de 8,4% na
comparação com junho deste ano, de 11,3% na média móvel trimestral, de 4,9% na
comparação com julho de 2019 e de 0,7% no acumulado de 12 meses. No acumulado
do ano, houve queda de 3,1%.
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