Fascite plantar e esporão do calcâneo são a mesma coisa?

Por MOVIMENTO VITAL FISIOTERAPIA 25/09/2020 - 09:17 hs

Muitos pacientes tendem a achar que fascite plantar e esporão do calcâneo são a mesma coisa, porém não são. A fascite plantar é uma inflamação, ou melhor, um processo degenerativo que afeta a fáscia plantar. Já o esporão do calcâneo é um crescimento ósseo, uma espora, causando protuberância óssea no osso calcâneo e próximo à inserção da fáscia.

Quais as causas e sintomas?

A inflamação na fáscia plantar ocorre após os três pontos de apoio do pé serem sobrecarregados. Esse triângulo de sustentação é composto pelo primeiro e quinto metatarso, que correspondem aos ossos dos dedos, junto com o osso calcâneo.

O tecido fibroso que reveste os músculos da região é justamente a fáscia plantar. Essa estrutura é de suma importância para o arco plantar e, consequentemente, para a sustentação de todo o peso do corpo. A dor no calcanhar ao acordar é o principal sinal de alerta de que o pé sofre constantemente com a sobrecarga excessiva.

Além de atletas despreparados, como maratonistas e corredores em geral, a fascite plantar também pode ocorrer por uso contínuo de sapatos inadequados, obesidade, alterações na formação do arco do pé (pé chato ou pé cavo), uso de medicamentos, traumas e doenças autoimunes (como a doença reumática, auto imunes e outras similares). Sensibilidade, calcanhar inflamado, vermelhidão, rigidez e edema também podem se manifestar como sintomas e sinais da fascite plantar.

O esporão no calcanhar ou esporão calcâneo é quando o ligamento do calcanhar fica calcificado, havendo a sensação de que houve a formação de um pequeno ossinho, o que leva a uma forte dor no calcanhar, como se fosse uma agulha, que se sente quando a pessoa levanta da cama e coloca o pé no chão, e também ao caminhar e permanecer muito tempo de pé.

Causas:

Ambientais: Traumatismos; Fraturas por stress; muita caminhada com os pés descalços e/ou em superfície dura; ficar longos períodos em pé; Alongamentos inadequados; Sedentarismo.

 Anatômicos: Anteversão femoral em excesso; Atrofia-hipotrofia do coxim gorduroso; Obesidade; Coalisão tarsal; Calcâneo estreito; Encurtamento do tendão de Aquiles; Pés planos ou cavos; Diferença de comprimento de membros inferiores.

Biomecânicos: Fraqueza dos músculos intrínsecos do pé; Pé equino; Musculatura flexora plantar fraca; Uso de calçados inadequados; Limitação na dorsiflexão.

Outros: Tumores e/ou infecções; Síndrome do Túnel do Tarso; Lesões microscópicas e/ou degenerativas; Tração do esporão do calcâneo; Tendinites regionais.

Como podemos tratar?

O tratamento fisioterapêutico tem como objetivos a diminuição do processo inflamatório, a supressão da dor, a restauração da função mecânica da fáscia plantar, assim como a melhora da marcha. Sendo assim, existem várias técnicas e recursos fisioterapêuticos que agem em prol desses objetivos, entre eles:

Alongamentos; Palmilhas ortopédicas; Bandagens; Acupuntura; Eletroestimulação

Liberação Miofacial; Fortalecimento muscular.

Lembrando que é necessária uma avalição, cada paciente é diferente e responde diferente aos tratamentos.


 Dra. Angélica Anacleto 
Crefito 10- 295200-F

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Dica da MOVIMENTO VITAL FISIOTERAPIA: Disciplina gera resultados!

Dra. Bárbara Maurício Nascimento
Responsável técnica CREFITO 10 74799F

Fonte:

ANDROSONI, R.; NETTO, A. A.; MACEDO, R. R.; FASOLIN, R. P.; BONI, G.; MOREIRA, R. F. G. Tratamento da Fasciíte Plantar Crônica pela Terapia de Ondas de Choque: Avaliação Morfológica Ultrassonográfica e Funcional. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 48, n. 6, 2013.