Muitos pacientes tendem a achar que fascite plantar e
esporão do calcâneo são a mesma coisa, porém não são. A fascite plantar é uma
inflamação, ou melhor, um processo degenerativo que afeta a fáscia plantar. Já
o esporão do calcâneo é um crescimento ósseo, uma espora, causando
protuberância óssea no osso calcâneo e próximo à inserção da fáscia.
Quais as causas e sintomas?
A inflamação na fáscia plantar ocorre após os três pontos de
apoio do pé serem sobrecarregados. Esse triângulo de sustentação é composto
pelo primeiro e quinto metatarso, que correspondem aos ossos dos dedos, junto
com o osso calcâneo.
O tecido fibroso que reveste os músculos da região é
justamente a fáscia plantar. Essa estrutura é de suma importância para o arco
plantar e, consequentemente, para a sustentação de todo o peso do corpo.
A dor no calcanhar ao acordar é o principal sinal de alerta de que o
pé sofre constantemente com a sobrecarga excessiva.
Além de atletas despreparados, como maratonistas e
corredores em geral, a fascite plantar também pode ocorrer por uso contínuo de
sapatos inadequados, obesidade, alterações na formação do arco do pé (pé chato
ou pé cavo), uso de medicamentos, traumas e doenças autoimunes (como a doença
reumática, auto imunes e outras similares). Sensibilidade, calcanhar inflamado,
vermelhidão, rigidez e edema também podem se manifestar como sintomas e sinais
da fascite plantar.
O esporão no calcanhar ou esporão calcâneo é quando o
ligamento do calcanhar fica calcificado, havendo a sensação de que houve a
formação de um pequeno ossinho, o que leva a uma forte dor no calcanhar, como
se fosse uma agulha, que se sente quando a pessoa levanta da cama e coloca o pé
no chão, e também ao caminhar e permanecer muito tempo de pé.
Causas:
Ambientais: Traumatismos; Fraturas por stress; muita
caminhada com os pés descalços e/ou em superfície dura; ficar longos períodos
em pé; Alongamentos inadequados; Sedentarismo.
Anatômicos: Anteversão femoral em excesso; Atrofia-hipotrofia
do coxim gorduroso; Obesidade; Coalisão tarsal; Calcâneo estreito; Encurtamento
do tendão de Aquiles; Pés planos ou cavos; Diferença de comprimento de membros
inferiores.
Biomecânicos: Fraqueza dos músculos intrínsecos do pé; Pé
equino; Musculatura flexora plantar fraca; Uso de calçados inadequados; Limitação
na dorsiflexão.
Outros: Tumores e/ou infecções; Síndrome do Túnel do Tarso; Lesões
microscópicas e/ou degenerativas; Tração do esporão do calcâneo; Tendinites
regionais.
Como podemos tratar?
O tratamento fisioterapêutico tem como objetivos a
diminuição do processo inflamatório, a supressão da dor, a restauração da
função mecânica da fáscia plantar, assim como a melhora da marcha. Sendo assim,
existem várias técnicas e recursos fisioterapêuticos que agem em prol desses
objetivos, entre eles:
Alongamentos; Palmilhas ortopédicas; Bandagens; Acupuntura; Eletroestimulação
Liberação Miofacial; Fortalecimento muscular.
Lembrando que é necessária uma avalição, cada paciente é diferente e responde diferente aos tratamentos.
Dra. Angélica Anacleto
Crefito 10- 295200-F
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Dica da MOVIMENTO VITAL FISIOTERAPIA: Disciplina gera resultados!
Dra. Bárbara Maurício Nascimento
Responsável técnica CREFITO 10 74799F
Fonte:
ANDROSONI, R.; NETTO, A. A.; MACEDO, R. R.; FASOLIN, R. P.; BONI, G.; MOREIRA, R. F. G. Tratamento da Fasciíte Plantar Crônica pela Terapia de Ondas de Choque: Avaliação Morfológica Ultrassonográfica e Funcional. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 48, n. 6, 2013.
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