Lembrado hoje, Dia Mundial do AVC serve de alerta à população
Acidente vascular cerebral é segunda causa de morte principal no país
Acidente vascular cerebral é segunda causa de morte principal no país
Segunda principal causa de morte no Brasil, o acidente
vascular cerebral (AVC) é lembrado hoje (29), em data especial, que serve de
alerta à população. O Dia Mundial do AVC chama atenção para a quantidade de
pessoas que o derrame, como é mais comumente chamado, acomete e também para os
efeitos incapacitantes que pode provocar, motivo por que a campanha busca
incentivar a adoção de comportamentos preventivos.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, somente em 2017
foram registradas 101,1 mil mortes decorrentes da doença. Em levantamento
encaminhado à Agência Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
destaca que, entre 1º de janeiro deste ano até o dia 16 de outubro, 78.649
pacientes com AVC foram a óbito. Os números se distinguem pouco da soma do ano
passado, de 79.984 casos.
Desse total apurado pela entidade, 50.201 ocorreram durante
os sete primeiros meses da pandemia de covid-19, patamar que se assemelha ao
registrado no mesmo período em 2019, de 60.400 ocorrências. Conforme destaca a
SBC, a queda de 16,8% se explica porque muitas pessoas acabaram morrendo em
casa, durante a crise sanitária, o que impediu que os profissionais de
saúde identificassem as verdadeiras causas de falecimento.
Os grupos entre os quais mais se confirmaram óbitos por AVC
foram homens com idade entre 70 e 79 anos e mulheres com idade entre 80 e 89
anos. Em seguida, aparecem homens na faixa de 80 a 89 anos e mulheres de 70 a
79 anos, todos dados que demonstram que a idade é um fator que influencia nas
chances de se desenvolver o quadro.
Como para outras doenças cardiovasculares, há fatores de
risco que podem ser controlados e, portanto, reduzir a vulnerabilidade a elas,
como o sedentarismo, o tabagismo e o uso abusivo de álcool. A apneia do sono,
por sua vez, pode aumentar em 3,7% as chances de uma pessoa desenvolver tais
enfermidades.
Complementando informações da SBC, a Sociedade Brasileira de
Doenças Cerebrovasculares (SBDCV) pontua que cerca de 70% das pessoas
acometidas por AVC não conseguem ter condições de retomar as atividades
profissionais, em decorrência das sequelas que o quadro deixa e que metade dos
pacientes perde autonomia e acaba precisando de cuidadores e para realizar
tarefas diárias. A SBDCV sublinha, ainda, que, embora o AVC atinja mais
frequentemente indivíduos com idade acima de 60 anos, tem crescido entre jovens
e pode, inclusive, afetar crianças.
Sintomas
O AVC é a formação de um déficit neurológico
súbito, causado por uma falha nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central.
Pode ser dividido em dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro, que
responde a 85% dos casos, deriva da obstrução ou redução brusca do fluxo
sanguíneo em uma artéria cerebral e desencadeia a falta de circulação no seu
território vascular. Já o hemorrágico tem origem em uma ruptura espontânea de
um vaso, que pode ser um aneurisma e faz com que o sangue preencha o interior
do cérebro (hemorragia intracerebral), o sistema ventricular (hemorragia
intraventricular) e/ou o espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóide).
Os principais sintomas do AVC são: fraqueza ou formigamento no rosto, braço ou perna, confusão mental, alterações na fala, compreensão, visão e equilíbrio e dor de cabeça súbita e intensa. Como o paciente pode apresentar um comprometimento do sistema neurológico, o ideal é que seja atendido o mais rápido possível.
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