Câmara do Chile aprova casamento homoafetivo e projeto volta ao Senado
Presidente Sebastián Piñera já anunciou seu apoio
Presidente Sebastián Piñera já anunciou seu apoio
A Câmara dos Deputados do Chile aprovou nessa terça-feira
(23) projeto de lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A
medida foi enviada de volta ao Senado, onde parece ter o apoio necessário
para se tornar lei.
Originário do Senado, o projeto foi aprovado pela Câmara com
97 votos a favor e 35 contra. Por causa de algumas alterações no projeto
na Casa, a medida agora deve ser votada novamente no Senado antes de ser
sancionada pelo presidente Sebastián Piñera, que já anunciou seu apoio.
O Chile é considerado um país conservador, mesmo se
comparado aos demais países latino-americanos, profundamente religiosos.
No primeiro turno da eleição presidencial no país, um candidato de
extrema-direita, que faz elogios ao legado do ditador Augusto Pinochet, saiu em
primeiro lugar, e parece ter a vantagem para a eleição de segundo turno em
dezembro.
O Chile já deu sinais de que está se deslocando para a
esquerda em questões sociais e culturais nos últimos anos, e uma maioria grande
de chilenos hoje apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
As uniões civis homoafetivas são permitidas no Chile desde
2015. Parceiros do mesmo sexo podem ter muitos benefícios, mas não todos aos
quais têm direito os casais unidos em matrimônio, como a adoção.
Entre as alterações feitas pela Câmara dos Deputados
está a adoção de terminologias de gênero neutro.
Se o Senado aprovar a versão da Câmara sem mudanças, o
projeto então irá para Piñera. Se sancionado, como é esperado, ele se tornará
lei 90 dias depois de sua publicação no Diário Oficial do Governo.
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