Esta quarta-feira, 1º de dezembro, é o Dia Mundial de Luta Contra HIV/Aids. Em alusão à data, a Secretaria de Saúde de Indaial reforça os serviços disponibilizados para prevenção e tratamento do vírus do HIV com o objetivo de conscientizar e orientar a comunidade.
A transmissão da doença pode ocorrer por meio de relações sexuais desprotegidas com portadores do vírus, compartilhamento de seringas contaminadas ou transmissão da mãe para o filho na gravidez e amamentação sem as medidas de proteção. Ainda não há cura para a Aids, mas existem formas de tratamento.
Confira os serviços disponibilizados pela Secretaria de Saúde de Indaial para prevenção e tratamento da doença:
- Uso de preservativos: a camisinha masculina ou feminina deve ser usada em todos os tipos de relação sexual. Além de ser bastante acessível, é a maneira mais eficaz para evitar a infecção pelo HIV e uma gravidez não planejada.
-Testagem: o diagnóstico da infecção pelo HIV é feito por meio de testes. O teste rápido é um deles. Em cerca de 30 minutos é possível ter acesso ao resultado. O diagnóstico precoce é essencial para dar início ao tratamento o quanto antes e controlar a transmissão.
- PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV): é um método de prevenção que consiste na ingestão diária de um comprimido que impede o vírus de infectar o organismo, antes mesmo da pessoa ter contato com ele. É indicado para pessoas que tenham mais chance de entrar em contato com o HIV.
- PEP (Profilaxia Pós-Exposição ou PEP): medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV que consiste no uso de medicamentos, após uma possível exposição ao vírus, para reduzir o risco de infecção. Deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente, nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde.
Todos esses serviços são disponibilizados gratuitamente nas Unidades de Saúde de cada bairro. “A prevenção da doença é importante, pois ela não tem cura, mas por meio do tratamento adequado é possível conviver com ela”, pontua o secretário de Saúde, Paulo Moschetta.
A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids), doença que
já matou milhões de pessoas no mundo, principalmente nos anos de 1980 e 1990,
quando ainda era pouco conhecida, hoje pode ser evitada com o diagnóstico
precoce e a adesão ao tratamento. Além disso, nos serviços de saúde estão
disponíveis gratuitamente diferentes formas de prevenção à infecção.
A gerente de IST, HIV/Aids e Doenças Infecciosas Crônicas da
Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), a médica infectologista Regina
Valim, lembra que há exatos 40 anos eram diagnosticados os primeiros casos de
Aids no mundo. “Desde então, vimos muitos avanços científicos que hoje permitem
que uma pessoa com HIV viva normalmente, sem desenvolver a Aids. No entanto,
para que isso ocorra, o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento são
essenciais”, explica a médica.
Recomenda-se que todas as pessoas sexualmente ativas
realizem regularmente testes para a detecção do HIV. Existem testes rápidos
feitos sem a necessidade de estrutura laboratorial. Eles são práticos, feitos
com uma gota de sangue e o resultado sai em, no máximo, 30 minutos. Com o
resultado do teste em mãos, caso a pessoa esteja infectada, o tratamento é
iniciado imediatamente, sem custo algum para o paciente. “A pessoa que adere
corretamente ao tratamento com a ingestão de medicamentos, não desenvolve a
Aids, fica com a carga viral indetectável e não transmite o HIV para outras
pessoas”, ressalta Valim.
Outras formas de prevenção
A camisinha ainda é o método mais acessível e eficaz para a
prevenção do HIV e deve ser utilizada em todas as relações sexuais. Camisinhas
femininas e masculinas estão disponíveis gratuitamente nos serviços de saúde
para toda a população.
Além desse método, outros dois também podem ser utilizados
na prevenção à infecção: a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP); e a
Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP). A PrEP é indicada para pessoas com
parceiros soropositivos, por exemplo, e consiste na ingestão diária de um
comprimido que impede que o HIV infecte o organismo, antes mesmo da pessoa ter
contato com o vírus. A PEP é indicada para aqueles que passaram por uma
situação de risco, como ter feito sexo sem camisinha, por exemplo, e consiste
no uso de medicamento em até 72 horas após a exposição, devendo ser continuado
por 28 dias.
Todos os métodos são oferecidos gratuitamente pelo Sistema
Único de Saúde (SUS).
Dados em Santa Catarina
Segundo levantamento da Dive, houve uma queda no número de
diagnósticos de infecções por HIV em Santa Catarina entre os anos de 2019 e
2020. Em 2019 foram diagnosticados 2.169 casos contra 1.618 em 2020. Nos dois
anos, os homens aparecem entre os mais infectados e a faixa etária mais
acometida é de pessoas com idade entre 20 e 29 anos, seguido daqueles com 30 a
39 anos.
Com relação aos casos de Aids também houve redução entre
2019 e 2020. Em 2019 foram diagnosticados 1.236 casos e 884 em 2020, sendo
também os homens os mais acometidos. A faixa etária com mais diagnósticos está
entre 30 e 39 anos, seguido daqueles com idade entre 40 e 49 anos. Os heterossexuais
estão entre os que mais adoecem.
A redução no número de diagnósticos, avalia a gerente de IST, HIV/Aids, pode ter relação com a pandemia, quando menos pessoas procuraram os serviços de saúde. “É importante que as pessoas façam o teste contra o HIV, ou seja, procurem os postos de saúde espontaneamente e vejam se são portadores ou não dessa infecção. Sabendo se é portador você tem tratamento e o tratamento é gratuito e imediato”, finaliza.
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