Nova Zelândia quer acabar com hábito de fumar
Legislação antitabagista avança no país
Legislação antitabagista avança no país
A Nova Zelândia avança com uma legislação
antitabagista para tentar tornar-se um país sem fumantes em 2025. Os
preços vão subir, e a idade legal para fumar aumentará durante os próximos
quatro anos. "Smokefree 2025" é uma política do governo trabalhista
neozelandês para tornar a próxima geração livre do vício. O objetivo é que
as novas medidas incentivem as pessoas a deixar o tabaco e afastem os mais
jovens do hábito.
Nos próximos quatro anos, fumar deverá se
tornar inaceitável e inacessível na Nova Zelândia.
A futura legislação implica redução da quantidade legal
de nicotina nos produtos de tabaco, extinção de lojas de venda,
aumento de preços e definição de idade mínima para comprar cigarro, o
que aumentará todos os anos.
"Este é um dia histórico para a saúde de nosso
povo", declarou Ayesha Verrall, ministra neozelandesa da Saúde, citada
no The Guardian.
As autoridades de saúde da Nova Zelândia afirmam que os
fumantes normalmente adquirem o hábito durante a juventude. Cerca de
quatro em cada cinco neozelandeses começam a fumar aos 18 anos e 96% aos
25 anos. Ao impedir que uma geração comece a fumar, o governo
pretende evitar cerca de 5 mil mortes em um ano.
"Queremos garantir que os jovens nunca comecem a fumar,
por isso consideraremos um crime vender ou fornecer produtos de tabaco para os
novos grupos de jovens. Quando a lei entrar em vigor, pessoas com 14 anos nunca
poderão comprar tabaco legalmente", argumentou Verrall.
As taxas diárias de tabagismo caíram de 18% em 2008 para
11,6% em 2018. Por sua vez, as populações nativas dos Maóri e Pacifika
contrariam a tendência. O percentual chega a atingir 29%.
"Se nada mudar, levará décadas até que as taxas de
fumantes maori caiam para menos de 5%", disse Verrall.
Para a ministra, é possível erradicar o tabagismo nos
próximos quatro anos, mas terá de ser de forma mais radical para ter impacto:
"Acredito que estamos no caminho certo para a população europeia da Nova
Zelândia. A questão, no entanto, é: se não alterarmos os hábitos firmemente,
nunca faremos com que os Maori também alterem - e é nisso que o plano está
realmente focado".
Mercado negro
Se as políticas antitabaco foram aplaudidas por
especialistas em saúde pública, novos riscos relacionados com o mercado
negro do produto podem ocorrer.
Sunny Kaushal, presidente do Dairy and Business Owners
Group, que representa cerca de 5 mil lojas de esquina - geralmente
chamadas de laticínios na Nova Zelândia - e postos de gasolina, diz que todos
querem um país livre do fumo. "Mas isso terá um impacto enorme nas
pequenas empresas. Não deveria ser feito, pois está destruindo as lojas de
laticínios, vidas e famílias no processo. Não é o caminho", acrescentou.
Kaushal alerta que os aumentos de impostos sobre o
tabaco já impulsionaram um mercado negro explorado por gangues, e que
"o problema só vai piorar".
O governo reconheceu o risco do contrabando nas propostas
iniciais: "As evidências indicam que a quantidade de produtos de tabaco
contrabandeados para a Nova Zelândia aumentou substancialmente nos últimos anos
e que grupos criminosos organizados estão envolvidos no contrabando em grande
escala".
Vapor
A nova legislação não prevê restringir as vendas de vapor.
No processo de tornar o país totalmente livre do fumo nos
próximos quatro anos, a vaporização tem substituído o tradicional tabaco e
está atraindo muitos jovens que nunca teriam começado a fumar.
Verrall confirma que há evidências de um aumento na quantidade de jovens, uma tendência que está acompanhando "muito de perto". "Achamos que a vaporização é uma ferramenta realmente apropriada para parar", contrapôs.
Cadastre seu email e receba nossos informativos e promoções de nossos parceiros.
Grupo de Mães dos Autistas de Indaial defende a conscientização sobre o autismo
Melhorias na estrutura viária do estado dominam a sessão desta quinta (18)
Primeira geada do ano em SC é registrada no Vale Caminhos da Neve na Serra Catarinense
Maioria do CNJ derruba decisão que afastou juíza Gabriela Hardt