OMS sugere que medidas simples podem reduzir 70% das infecções
E recomenda, entre essas práticas, a boa higiene das mãos
E recomenda, entre essas práticas, a boa higiene das mãos
Medidas como boa higiene das mãos podem prevenir 70% das
infecções em ambiente de cuidados de saúde, recomendou hoje (6) a Organização
Mundial da Saúde (OMS).
A agência das Nações Unidas lembra que pessoas
internadas em unidades de cuidados intensivos e recém-nascidos são
especialmente vulneráveis a infecções hospitalares e se beneficiarão de
"bons programas de prevenção e controle de infecções".
De acordo com dados de 2016 e 2017, 7% dos pacientes em
hospitais de países com rendimentos altos e 15% dos de rendimentos médios
e baixos terão "pelo menos uma infecção relacionada aos cuidados de
saúde".
O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças
estima que ocorram anualmente 4,5 milhões de infecções em países da União
Europeia, não só em hospitais mas também em serviços como lares de idosos.
Cerca de um quarto das pessoas que contraem septicemia e
metade das que são tratadas em unidades de cuidados intensivos morre todos
os anos, com taxas de mortalidade "duplicadas ou triplicadas quando as
infecções são resistentes a antibióticos".
Na avaliação OMS, Portugal está entre os países com
programas de controle e prevenção de infecções instalados, com avaliações
regulares de sua eficácia e atualização em função dos números.
Em 2020 e 2021, anos em que foi sentido o impacto da
pandemia de covid-19, 11% dos países não tinham qualquer programa ou plano
operacional para conter as infecções, 54% tinham planos que só eram aplicados
parcialmente ou não eram executados, 34% tinham planos nacionais e
apenas 195 tinham mecanismos de monitoramento de eficácia.
De acordo com a organização, em 2019, "15,2% de
todas as instalações de saúde cumpriam todos os requisitos mínimos para o
controle de infecções".
A OMS cita "progressos encorajadores", com
aumento do percentual de países como pontos focais para controle de
infecções ou orçamentos específicos para formação de profissionais de
saúde.
Os países com rendimentos mais altos têm oito vezes mais
probabilidade de avançar na aplicação dos seus programas do que aqueles com
menos rendimentos, nos quais houve "poucos progressos" entre 2018 e
2021.
"A OMS apela a todos os países que aumentem o investimento em programas de prevenção e controle de infecções para garantir a qualidade dos cuidados prestados e a segurança dos pacientes e trabalhadores". Lembra que o investimento no setor "melhora os resultados e diminui os custos".
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