Netanyahu diz que Israel está preparando invasão terrestre de Gaza
Primeiro-ministro não deu detalhes sobre operação
Primeiro-ministro não deu detalhes sobre operação
Israel está
preparando uma invasão terrestre de Gaza, disse o primeiro-ministro Benjamin
Netanyahu em declaração televisionada nesta quarta-feira (25). No
entanto, ele se recusou a fornecer detalhes sobre o momento ou outras
informações sobre a operação.
Ele disse que a
decisão sobre quando as forças entrarão no enclave palestino, controlado pelo
grupo Hamas, será tomada pelo gabinete especial de guerra do governo, que
inclui o líder de um dos partidos de centro da oposição.
“Já matamos
milhares de terroristas e isto é apenas o começo”, afirmou Netanyahu.
"Ao mesmo
tempo, estamos nos preparando para uma invasão terrestre. Não vou entrar em
detalhes sobre quando, como ou quantas. Também não vou entrar em detalhes sobre
os vários cálculos que estamos fazendo, os quais o público em grande parte
desconhece e é assim que as coisas devem ser."
Israel tem
realizado intensos bombardeios na densamente povoada Faixa de Gaza, após ataque
do Hamas em 7 de outubro contra comunidades israelenses que deixou cerca de 1,4
mil mortos. Mais de 6,5 mil palestinos foram mortos nos bombardeios,
segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Netanyahu, que até
agora não assumiu responsabilidade pelas falhas de segurança que levaram ao
ataque do Hamas, disse que todos os envolvidos serão chamados a prestar contas.
“O escândalo será
totalmente investigado”, declarou ele. "Todos terão que dar respostas, eu
também. Mas tudo isso só acontecerá depois da guerra."
Mais cedo, citando
autoridades dos Estados Unidos e de Israel, o Wall Street Journal informou
que Israel tinha concordado em adiar a invasão de Gaza por enquanto, para que
os EUA pudessem enviar defesas antimísseis para a região.
A Reuters informou na segunda-feira que Washington aconselhou Israel a adiar um ataque terrestre e está mantendo o Catar – um intermediário com os militantes palestinos – informado dessas negociações enquanto tenta libertar mais reféns e se preparar para uma possível guerra regional mais ampla.
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