Israel protesta contra Rússia por receber membros do Hamas
Moscou disse que mantém contatos com todas as partes do conflto
Moscou disse que mantém contatos com todas as partes do conflto
Israel convocou o
embaixador russo neste domingo (29) para apresentar um protesto contra o fato
de Moscou ter recebido, na semana passada, uma delegação do Hamas, o grupo
militante palestino cujo ataque de 7 de outubro a Israel matou pelo menos 1.400
pessoas e levou à guerra em Gaza.
Convidar o Hamas
“envia uma mensagem que legitima o terrorismo contra os israelenses”, disse o
Ministério das Relações Exteriores de Israel em um comunicado, citando o que
seus altos funcionários disseram ao embaixador Anatoly Viktorov. O país
descreveu a convocação como um protesto e não como uma reprimenda.
A Rússia explicou o
fato de acolher o Hamas como um esforço para manter contatos com todas as
partes do conflito Israel-Hamas.
Conversa com Biden
O primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, conversou neste domingo com o presidente dos
Estados Unidos, Joe Biden, disse o gabinete de Netanyahu, depois que Israel
expandiu as incursões terrestres na guerra em Gaza, agora em sua quarta semana.
O comunicado israelense não trouxe mais informações sobre a conversa.
O conselheiro de
segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse também neste domingo,
que Israel tem a responsabilidade de proteger as vidas de pessoas inocentes em
Gaza. Ele acrescentou que os EUA foram claros sobre essa questão e que Biden
reiteraria a posição em uma ligação com Benjamin Netanyahu.
Com o número de
mortos na Faixa de Gaza na casa dos milhares e aumentando, a administração do
presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem estado sob crescente pressão para
deixar claro que o seu apoio inabalável a Israel não se traduz num endosso
geral a tudo o que o seu aliado está fazendo no enclave em retaliação ao ataque
de 7 de outubro pelo Hamas.
Numa série de
entrevistas veiculadas pela televisão, Sullivan disse que Washington estava
fazendo perguntas difíceis a Israel, incluindo sobre questões relacionadas à
ajuda humanitária, à distinção entre terroristas e civis inocentes e sobre como
Israel está pensando através da sua operação militar.
"O que
acreditamos é que a cada hora, a cada dia desta operação militar, as IDF
(Forças de Defesa de Israel), o governo israelense deveriam usar todos os meios
possíveis à sua disposição para distinguir entre terroristas do Hamas que são
alvos militares legítimos e civis que não são", disse Sullivan à CNN.
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ROMAN RAITER - JUSTIÇA AO OASE