De olho na sua rua 24h (e em tempo real)

Nesta semana, durante a reunião do Conseg de Timbó, foi apresentado um projeto que promete segurança e 100% de visibilidade nas ruas

Por Aline Brehmer 06/09/2019 - 12:34 hs
Foto: Aline Brehmer/Jornal Café Impresso
De olho na sua rua 24h (e em tempo real)
Sargento Otto, Agente Ferreira, Levi e Ana Lúcia (presidente e vice do Conseg, respectivamente)

A bandidagem pode estar com os dias contados – e é para valer! Já pensou ter sua rua monitorada durante 24 horas? Ter acesso às imagens de toda a extensão da via vigiadas e podendo ser conferidas, pelo seu celular, em tempo real?

A ideia chamou a atenção da diretoria do Conselho de Segurança (Conseg) de Timbó. Há cerca de nove meses, o presidente Levi Liesenberg e a vice-presidente, Ana Lúcia Zemuner, procuravam uma forma de apresentar ideia à comunidade – e foi exatamente o que acontece na noite dessa quarta-feira, dia 4, na reunião mensal do Conselho, realizada na Câmara de Vereadores de Timbó.

O técnico em redes e sistemas de segurança eletrônica Rodrigo Oliveira foi convidado para apresentar o Programa de Monitoramento Colaborativo. “Se trata de uma ideia que já se tornou realidade em Indaial, onde uma das ruas possui esse sistema de vigilância 24 horas, sete dias por semana”, explica.

De olho na sua rua 24h

Oliveira diz que é possível aos moradores acompanharem, em tempo real tudo, o que está acontecendo em sua rua, com acesso imediato em qualquer lugar – basta ter seu celular, loguin e senha.

“O morador será responsável por nos disponibilizar o sinal de internet de sua residência e, assim, faremos a instalação, através de um acesso compartilhado”, esclarece o técnico.

No que diz respeito à segurança das imagens gravadas, ele garante que não há como outra pessoa ter acesso. “Mesmo que uma pessoa tenha o aplicativo e programa baixados, a única forma de acessar uma câmera é tendo o loguin e a senha da mesma. Cada morador recebe o seu, é a forma mais segura de garantir sigilo diante de dados e informações tão importantes”, destaca.

Acesso limitado?

Apesar de poder acompanhar as imagens em tempo real, o morador não terá acesso caso queira procurar alguma gravação em dias específicos – e isso tem um porquê.

“Nossa empresa tem todas as gravações registradas, caso a pessoa queira confirmar algum acontecimento, por exemplo. Não deixamos aberto a todos essa opção pelo fato de que, infelizmente, há situações nas quais a pessoa acaba compartilhando as gravações e prints nas redes sociais, o que pode ser prejudicial de inúmeras maneiras – inclusive para o trabalho da polícia. Eu participo dos grupos de WhatsApp de monitoramento e estou sempre à disposição para sanar eventuais dúvidas também”, alerta Oliveira.

Por ter acesso às imagens que já foram gravadas, ele explica que faz a pesquisa e, caso se trate de algo grave, as mesmas serão encaminhadas à polícia para que sejam tomadas as providências cabíveis.

E os valores?

As instalações das câmeras, afirma o técnico, garantem uma cobertura completa de toda a rua. Logo no início e final, são instaladas câmeras com zoom, que registram detalhadamente placas e rostos, por exemplo.

Já no decorrer da rua, os equipamentos são posicionados para obter uma visão geral. “De dia elas gravam a mesma proporção daquilo que nossos olhos enxergam. De noite, as câmeras filmam até 50 metros”, explica. Por se tratar de um projeto personalizado, que leva em conta o formato e extensão da rua, Oliveira diz que não tem como passar um orçamento fixo – vai variar muito em cada local.

“A análise do projeto e os equipamentos, que são nossos, não são cobrados dos moradores. A manutenção também é feita gratuitamente. Em uma rua de 1.500 metros, por exemplo, seriam instaladas em média umas oito ou nove câmeras, imagino que talvez o valor da mensalidade por morador ficaria na faixa dos R$ 35, fazendo um plano de três anos e, assim, podendo parcelar esse valor em até 36x. Mas é apenas um exemplo, não tem como dizer que seria exatamente assim”, ressalta Oliveira.

Uma ideia promissora

Para Levi essa é uma ideia que, adiante, pode render ótimos resultados. “Falando agora como cidadão timboense, vejo isso como o sonho de qualquer pessoa. Se trata de uma segurança que todos buscamos e queremos. É um projeto interessante, com valores aceitáveis e que com certeza vai ficar na cabeça das pessoas”, comenta.

Ana, por sua vez, reforça que a ideia era apresentar um projeto mostrando o quanto as tecnologias podem auxiliar na segurança pública. “Nosso intuito era mostrar às pessoas que existe essa possibilidade. Tivemos bastante gente presente na reunião, que se interessou pela ideia, então agora nos resta aguardar”, diz.

Para o Sargento da Polícia Militar (PM) de Timbó, Maicon Otto, e o agente da Polícia Civil, Rodrigo Ferreira, a proposta também traria ótimas vantagens, auxiliando na identificação de possíveis criminosos e, por consequência, garantindo ainda mais segurança à comunidade.

As reuniões do Conseg acontecem sempre na primeira quarta-feira de cada mês, a partir das 19h, no Plenário da Câmara de Vereadores de Timbó. Toda a comunidade está convidada a participar.