Deputada catarinense tem sigilo bancário quebrado pelo STF

Motivo são as investigações do inquérito que apura a organização e o financiamento de atos antidemocráticos

Por NSC Total 17/06/2020 - 09:02 hs

O nome da deputada federal catarinense Caroline de Toni (PSL) está na lista de parlamentares que foram alvo de quebra de sigilo bancário no âmbito do inquérito que apura atos antidemocráticos. A determinação foi do Supremo Tribunal Federal (STF). 

A deputada se manifestou por meio das redes sociais: "Tive conhecimento pela imprensa da quebra do meu sigilo bancário e de mais 10 deputados. Não há qualquer nenhum fato ou fundamento jurídico que a justifique. Não tenho mais dúvida de que estamos vivendo num estado de exceção".

Em outra mensagem, ela diz que "a ordem democrática foi rompida. Parte-se de um inquérito ilegal, para calar a direita".  

Também estão na lista da quebra de sigilo outros nove deputados federais e um senador da República, todos aliados do presidente Jair Bolsonaro - Daniel Silveira (PSL-RJ), Cabo Junio do Amaral (PSL-MG), Otoni de Paula (PSC-RJ), Carla Zambelli (PSL-SP), Alê Silva (PSL-MG), Bia Kicis (PSL-DF), Coronel Girão (PSL-RN), Guiga Peixoto (PSL-SP), Aline Sleutjes (PSL-PR), e o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ).

A quebra de sigilo bancário faz parte da instrução do inquérito que apura a organização e o financiamento das manifestações que defendem medidas inconstitucionais, como o fechamento do Congresso e do STF, intervenção militar e a instituição de um novo AI-5.

Nesta terça-feira (16), a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), a Polícia Federal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Em Santa Catarina, o alvo foi o youtuber Adilson Dini, que mantém um canal de direita. Ele se manifestou nas redes sociais, e disse que teve o celular e equipamentos usados para a gravação de seus vídeos apreendidos.