SC acelera primeira aplicação da vacina; dose de reforço empaca

Por RCN 16/06/2021 - 09:15 hs
Foto: Cristiano Andujar/PMF

Com a vacinação contra Covid-19 ocorrendo a partir de doses das farmacêuticas AstraZeneca e Pfizer, Santa Catarina acelerou a primeira aplicação do imunizante mas, ao mesmo tempo, viu reduzir a velocidade da segunda aplicação.

Isso ocorre porque o intervalo sugerido para essas duas vacinas é de 12 semanas entre as aplicações e permite avançar sobre os grupos prioritários com a primeira dose. A Coronavac, que tem intervalo sugerido de 28 dias, deixou de ser entregue devido ao atraso da matéria-prima vinda da China - a última remessa de Coronavac que chegou ao Estado desembarcou em 13 de maio. 

A situação provocou um distanciamento da curva da 1ª dose em relação à 2ª (veja abaixo). Enquanto o número de vacinados com a primeira aplicação passou de 1,2 milhão para 2,1 milhões em quase 30 dias (+68%), aqueles que receberam a dose de reforço passaram de 675 mil para 766 mil (+13,4%). 

O cenário em si não é um risco ao combate à pandemia, mas vai exigir a reconvocação de catarinenses daqui a alguns meses para a segunda aplicação. O superintendente de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, Eduardo Macário, reconhece que é mais fácil atrair a presença das pessoas com um intervalo menor, mas pede que os cidadãos não esqueçam da segunda aplicação. 

"A gente precisa alertar para todos que somente com duas doses está pronto o esquema vacinal. Assim, elas têm uma proteção mais duradoura e mais efetiva. A preocupação com a segunda dose é importante. As pessoas não devem esquecer, podem anotar, colocar alarme no celular, um recado na porta da geladeira, avisa os parentes, mas o importante que as segundas doses sejam aplicadas", disse.

Santa Catarina tinha expectativa de receber um lote de imunizantes da Janssen nesta semana, mas o envio atrasou. Da mesma forma, há uma expectativa de que novos lotes da AstraZeneca e da Coronavac sejam enviados nesta semana. Desde 9 de junho o Estado não recebe novas doses.


Após meados de maio, curva da 1ª dose cresceu muito acima da 2ª. (Fonte: SES)