O segundo turno de Merisio
Candidato ao Governo do Estado revela ao Café suas preocupações com Santa Catarina
Candidato ao Governo do Estado revela ao Café suas preocupações com Santa Catarina
Há apenas dois dias do segundo turno das Eleições 2018, o candidato a Governo de Santa Catarina, Gelson Merisio, deu uma entrevista à redação do Café Impresso falando sobre suas preocupações e anunciando quais as primeiras medidas a serem tomadas, caso seja eleito.
A primeira ação como governador?
Gelson Merisio: Temos uma agenda extensa de primeiro dia caso a população escolha nossas propostas para Santa Catarina: declarar guerra ao crime organizado como primeira medida da prioridade para a Segurança Pública, extinguir totalmente as antigas secretarias regionais, o corte de quase 85% dos cargos comissionados, corte de oito das secretarias centrais, para começar a construção de um Estado enxuto, com apenas dez secretarias e equipes pequenas mas eficientes. A partir dessa base, conseguimos iniciar os caminhos que nos levarão a um Estado que volte para sua essência, prestar serviço público de qualidade à população. Um servidor a menos em cargo administrativo ou comissionado, é um policial a mais na rua ou um enfermeiro a mais no hospital.
O que mais anima em ser eleito governador?
Merisio: Sempre me perguntam porque quero ser governador. Respondo com uma comparação. Se chegam dez pessoas de um acidente grave em uma emergência de hospital público hoje, faz muita diferença o médico que irá atender aqueles na hora que mais precisam. Alguém que esteja ali apenas pelo salário, descompromissado com a função pública, vai salvar uma, duas, no máximo três pessoas. Se o médico enxergar a atividade dele como missão, o servir tão necessário ao servidor público, ele vai resgatar sete, oito e até nove vidas com sua atenção e seu esforço máximo. Eu sinceramente tenho esse sentimento de missão. Permaneço com força, permaneço ativo, porque eu enfrento com coragem.
O que mais preocupa?
Merisio: O déficit da previdência é um problema que precisará ser enfrentado. Temos, por exemplo, uma indústria de coronéis que se aposentam com 47, 48 anos e recebem o teto do funcionalismo público, com remunerações de R$ 26 mil fora da ativa. São cerca de 50 na ativa para um número cinco vezes maior de coronéis da reserva. São direitos adquiridos, não será questionado, e é inclusive um privilégio que já foi cortado para os servidores que entram a partir de 2015, com a Reforma da Previdência estadual que aprovamos na Alesc. Agora, mesmo a aposentadoria dos deputados é limitada pelo teto do INSS, como na iniciativa privada. Enquanto isso, precisamos enxugar a máquina, sermos mais eficientes, para conseguirmos cobrir o déficit todos os anos.
E quer ser reconhecido governador de qual bandeira após o término de sua gestão
Merisio: Tenho três desejos para Santa Catarina. Somos como um país à parte dentro da nossa nação em muitos casos, e podemos avançar ainda mais. Meu primeiro desejo é acabar com a miséria em nosso Estado. É inaceitável que cerca de 290 mil catarinenses enfrentem dias sem ter o que comer. É uma missão pessoal minha mudar essa triste realidade. Outro desejo é conquistarmos um título de “Estado mais seguro do Brasil. “Com coragem, é possível tirarmos a sociedade deste verdadeiro regime semiaberto, em que saímos para trabalhar durante o dia e nos trancamos à noite com medo da violência. O terceiro é construirmos um Estado enxuto, eficiente, cortando 1.200 dos 1.400 cargos comissionados, extinguindo absolutamente todas regionais e reduzindo de 18 para apenas dez secretarias, para entregar muito mais em serviços públicos para a população.
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