O segundo turno de Merisio

Candidato ao Governo do Estado revela ao Café suas preocupações com Santa Catarina

Por Aline Christina Brehmer 31/10/2018 - 14:33 hs
Foto: Internet/Divulgação

Há apenas dois dias do segundo turno das Eleições 2018, o candidato a Governo de Santa Catarina, Gelson Merisio, deu uma entrevista à redação do Café Impresso falando sobre suas preocupações e anunciando quais as primeiras medidas a serem tomadas, caso seja eleito.

A primeira ação como governador?

Gelson Merisio: Temos uma agenda extensa de primeiro dia caso a população escolha nossas propostas para Santa Catarina: declarar guerra ao crime organizado como primeira medida da prioridade para a Segurança Pública, extinguir totalmente as antigas secretarias regionais, o corte de quase 85% dos cargos comissionados, corte de oito das secretarias centrais, para começar a construção de um Estado enxuto, com apenas dez secretarias e equipes pequenas mas eficientes. A partir dessa base, conseguimos iniciar os caminhos que nos levarão a um Estado que volte para sua essência, prestar serviço público de qualidade à população. Um servidor a menos em cargo administrativo ou comissionado, é um policial a mais na rua ou um enfermeiro a mais no hospital.

O que mais anima em ser eleito governador?

Merisio: Sempre me perguntam porque quero ser governador. Respondo com uma comparação. Se chegam dez pessoas de um acidente grave em uma emergência de hospital público hoje, faz muita diferença o médico que irá atender aqueles na hora que mais precisam. Alguém que esteja ali apenas pelo salário, descompromissado com a função pública, vai salvar uma, duas, no máximo três pessoas. Se o médico enxergar a atividade dele como missão, o servir tão necessário ao servidor público, ele vai resgatar sete, oito e até nove vidas com sua atenção e seu esforço máximo. Eu sinceramente tenho esse sentimento de missão. Permaneço com força, permaneço ativo, porque eu enfrento com coragem.

O que mais preocupa?

Merisio: O déficit da previdência é um problema que precisará ser enfrentado. Temos, por exemplo, uma indústria de coronéis que se aposentam com 47, 48 anos e recebem o teto do funcionalismo público, com remunerações de R$ 26 mil fora da ativa. São cerca de 50 na ativa para um número cinco vezes maior de coronéis da reserva. São direitos adquiridos, não será questionado, e é inclusive um privilégio que já foi cortado para os servidores que entram a partir de 2015, com a Reforma da Previdência estadual que aprovamos na Alesc. Agora, mesmo a aposentadoria dos deputados é limitada pelo teto do INSS, como na iniciativa privada. Enquanto isso, precisamos enxugar a máquina, sermos mais eficientes, para conseguirmos cobrir o déficit todos os anos.

E quer ser reconhecido governador de qual bandeira após o término de sua gestão

Merisio: Tenho três desejos para Santa Catarina. Somos como um país à parte dentro da nossa nação em muitos casos, e podemos avançar ainda mais. Meu primeiro desejo é acabar com a miséria em nosso Estado. É inaceitável que cerca de 290 mil catarinenses enfrentem dias sem ter o que comer. É uma missão pessoal minha mudar essa triste realidade. Outro desejo é conquistarmos um título de “Estado mais seguro do Brasil. “Com coragem, é possível tirarmos a sociedade deste verdadeiro regime semiaberto, em que saímos para trabalhar durante o dia e nos trancamos à noite com medo da violência. O terceiro é construirmos um Estado enxuto, eficiente, cortando 1.200 dos 1.400 cargos comissionados, extinguindo absolutamente todas regionais e reduzindo de 18 para apenas dez secretarias, para entregar muito mais em serviços públicos para a população.