Um em cada três alunos inscritos não compareceu ao segundo dia do Enem
Abstenção ficou na média de edições anteriores da prova
Abstenção ficou na média de edições anteriores da prova
A ausência dos inscritos no segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ficou em 32%, ou seja, um em cada três inscritos não compareceu aos locais de prova neste domingo (12).
Ao todo, mais
de 3,9 milhões de pessoas se inscreveram na edição deste ano do exame. A
ausência neste domingo foi a mesma do segundo dia da edição de 2022, quando 32%
dos inscritos também faltaram.
A média histórica de abstenção no Enem gira em torno de um
terço dos inscritos, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A exceção foi durante os dois primeiros
anos da pandemia. Em 2021, a abstenção bateu o recorde de 55%. Antes, o
recorde havia sido em 2009, quando 37% dos inscritos não compareceram à prova.
O ministro da Educação Camilo Santana destacou que entre as
prioridades para o próximo ano estão aumentar o número de inscrições e diminuir
as abstenções.
“Vamos fazer uma grande avaliação final desse Enem para que
possamos, não só ampliar o número de participantes, mas diminuir esse
percentual [de ausência], apesar de, historicamente, ter sido esse o
percentual.”
Eliminações
Neste segundo dia de provas, quando foram testados os
conhecimentos de ciências da natureza e matemática, foram eliminados 2.217
participantes. Os motivos vão desde alunos que portavam equipamento eletrônico
ou material impresso, até aqueles que não atenderam as orientações do fiscal ou
saíram antes da hora permitida (15h30). Foram registrados ainda 859 problemas
logísticos, como emergências médicas, interrupção temporária de luz ou
problemas de abastecimento de água.
Com isso, o presidente do Inep, Manuel Palácios,
avaliou que o dia de prova transcorreu dentro da normalidade: “exceto poucos
episódios com pequenos incidentes, a aplicação ocorreu com tranquilidade em
todo o país”.
Questão anulada
Uma questão que tratava da gripe causada pelo vírus H1N1 foi
anulada por falta de ineditismo. Isso porque essa mesma questão já havia sido
aplicada na edição do Enem para pessoas privadas de liberdade, em 2010. Segundo
o Ministério da Educação, a anulação dessa questão não interfere no resultado
do Enem.
Além disso, o Ministério identificou, assim como no primeiro
dia de provas, um vazamento de foto de um dos cadernos da prova às 17h, antes
do horário permitido para sair com a prova impressa, que é às 18h. O ministro
da Educação, Camilo Santana, informou que a Polícia Federal foi acionada para
investigar o caso, mas que esse vazamento também não prejudicou a aplicação do
Enem.
“Lembrando que não há nenhum prejuízo porque não houve
confirmação de vazamento antes do início da prova. A prova já tinha iniciado às
13h30, todos os portões estavam fechados, e três horas e meia depois houve essa
circulação. A Polícia Federal colocará todo o rigo para apurar esse fato
criminoso.”
Neste domingo, a Polícia Federal identificou oito
suspeitos acusados de vazar a prova no primeiro dia do Enem, no domingo
passado. À semelhança do ocorrido neste segundo dia de prova, não foram
identificadas fotos antes do início do teste.
Reaplicação
Os estudantes que se sentiram prejudicados por algum motivo
podem solicitar a reaplicação da prova. O pedido deve ser feito por meio
da Página do Participante, de 13 a 17 de novembro. A reaplicação ocorrerá
nos dias 12 e 13 de dezembro.
“Quem foi prejudicado por problemas logísticos ou acometido
por doenças infectocontagiosas, como prevê o edital, pode pedir para fazer as
provas nos dias 12 e 13 de dezembro. O mesmo vale para as pessoas que não
compareceram porque foram alocadas a uma distância superior a 30 quilômetros da
residência informada na inscrição.”
O segundo dia do Enem de 2023 testou os estudantes em 90 questões de ciências da natureza e matemática. As provas foram aplicadas em 1.750 municípios com mais de 132 mil salas para realização do exame.
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